quarta-feira, 24 de dezembro de 2008




Boas Festas.

Recebi de Ana Rüsche um email de Boas Festas muito bacana. Veio com uma mensagem muito bonita e um vídeo (que copio abaixo). Trata-se de um vídeo-poema. Fazia tempos que eu não assistia um vídeo-poema. E cuja poesia - de autoria da Ana - trás uma mensagem muito contemporânea, retratando tais dias do ano, das festas natalinas, principalmente, desta ambiência paulistana de ocasião. Somente quem mora em São Paulo sabe como é este espírito natalino da megalópole. A cidade transborda uma serenidade, existindo e recapiturando uma certa nostalgia dos velhos tempos, quando passamos pelas ruas e vemos aqueles magníficos enfeites natalinos. Os soldadinhos de plástico que protagonizam a história são de brinquedo (que bom), ingênuos e apenas contemplam a cidade. E como se a mão que os segura fosse as de uma criança, ou a cidade agora pacífica e acolhedora. Esquecendo-se da violência gratuita e estereotipada dos tempos atuais, no instante fílmico tornasse mera fantasia de criança. O personagem e teu gesto cabe a qualquer pessoa, de qualquer idade, que observa, que sente, admira a paisagem, cuida da cozinha, da casa, anda de carro ou passeia pelo trem. Não vemos teu rosto, apenas mãos, os lugares e suas visões. Do cotidiano alegre entre uma refeição e outra à um passeio nostálgico pelo trem beirando a marginal do rio Pinheiros. Das vitrines ceticas de um shopping imponente, as luzes em volta de um viaduto de concreto armado, as marginais escuras, tuas ruas e pessoas, tudo carregado de vida, de sentimentos, regados com a vóz em off dizendo versos de um poema profundo e belo, ao som sofisticado de um eletrônico como base de fundo. Eis um presente diferente, no mínimo, digo Muito Obrigado. Boas Festas à todos. Feliz Natal. Um abraço, HA.

[Produção que envolveu colaboração via web de poeta latino-americanos, o vídeo caseiro é feito com soldadinhos de plásticos e cenas do cotidiano de São Paulo. Trata-se da leitura do poema "Feitiço de Natal", autoria de Ana Rüsche (Brasil), e também de sua tradução, "Hechizo de Navidad" feita por Alan Mills (Guatemala). As gravações das vozes foram enviadas pelos poetas Alejandro Mendez (Argentina) e Rafael Daud (Brasil).A trilha sonora foi escolhida no site Jamendo, do grupo Pol B Binarymind, faixa "Les Tabous".]

http://www.overmundo.com.br/banco/feitico-de-natal-hechizo-de-navidad

domingo, 21 de dezembro de 2008

Kevin Michael (R&B, soul and funk)

Kevin - filho de Pai afro-americano e Mãe italiana - despontou no cenário da música negra americana muito cedo. Acabou despertando o interesse de gigantes como a Virgin. Hoje, com pouco mais de 20 anos de idade, continua surpreendendo com talento, vóz marcante e muito estilo. Kevin misturou no teu liquidificador sonoro inúmeras influências, criando um estilo muito interessante. O segundo disco que saiu pela Atlantic Records (capa verde) eu ouço excessivamente. Outras informações no site http://www.kevinmichael.com/ ou http://www.myspace.com/kevinmichaelmusic







terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Será que Björk pariu uma guri neo-punk ?

Incubus, Nirvana e Nine Inch Nails parece que andaram gerando frutos. Não estou muito por dentro das novas gerações de bandas. Ainda mais, quando o assunto é white metal (banda cristã) com metal alternativo. Porém, neste cenário, parece que pintou uma banda muito legal : Flyleaf. A vocal é dona de berros famosos, tem uma vóz que lembra Björk em alguns momentos e uma história maluca. A banda toca direitinho e dá até um certo prazer de ouví-los. Tem covers bacanas e boas canções próprias. Lacey Nicole Mosley, cantora, teve uma vida um tanto conturbada : além de ter consumido drogas por volta de 10 anos de idade, vinda de uma família pobre de cinco irmãos filhos de Mãe solteira, tentou suicídio e entrou para igreja na adolescência. Não é muito novidade, contudo, sai bastante do comum estas histórias. Bem, ficam os vídeos abaixo e boa audição.



tá bom estes berros ?



O tal do cover : Smell Like Teen Spirit (Nirvana), que ótimo.

domingo, 30 de novembro de 2008

Umbrella ::: por LillaSyster (ótima versão)

Umbrella Video
Finalmente aconteceu : dia 25 de Novembro o mundo pode receber o novo disco do Guns N´ Roses. Aleluia para os fãs, saudades para uns e ódio à outros. O Governo Chinês parece que não gostou nada das citações ao teu povo e país. Assim como, proibiu a divulgação e comercialização. O rock tem seu papel. Moleques ou adultos, eles e suas músicas existem para nos divertir, e também, comunicar. Depois de quase duas décadas, Axl trás um disco interessante. Que tanto faz lembrar o Guns da época do “Appetite for Destruction” quanto do encorpado álbum duplo “Use Your Illusion”. A faixa título “Chinese Democracy” abre o disco com muita classe e garbo. E “Prostitute” (ótima canção) foi escolhida para encerrar o disco. No geral, o disco novo não é tão super legal quanto falaram. Talvez, a melhor publicidade foi o boca-à-boca de admiradores da obra do Axl. Seu amigo e admirador, Sebastian Bach (ex Skid Row), chegou a cantar algumas faixas em shows e andou falando muito bem da obra. No geral, acho que Chinese não é tão criativo e "divisor de águas" quanto foi “Appetite For Destruction”. O primeiro é um discão clássico de hard rock. Neste lançamento, a banda coloca um pé no rock industrial (está longe de ser algo parecido com NIN ou Ministry). Quem ouvir este disco no MySpace (li que o disco bateu recorde de acesso no myspace) perceberá elementos novos como sons eletrônicos, vozes em off, e um Axl explorando outros limites de sua voz, até então não feitos. Comprei o cd na Livraria Cultura (aproveitando as 72 horas que a loja ficou aberta neste final de semana) e vim ouvindo no carro. Fiquei satisfeito com o resultado. Entratanto, não sei porque consumiu tantos anos e tanto dinheiro. Acho que foi um pouco de insegurança da banda segurar tanto tempo uma obra como esta. O encarte é bem simples e trás os nomes de cada músico que participou do projeto. E a lista é grande. Talvez, pelo fato de tanta gente ter participado das inúmeras fases que a banda passou (só o Axl é da formação original), o disco imprime algumas diversidades sonoras, soa criativo algumas vezes, principalmente nas guitarras e vocal. No final das contas, a gente perdoa todo barulho, polêmica e demora e segue em frente como ouvinte. É um belo disco de rock. Só não sei se as próximas gerações aguardarão tanto tempo mais. Em um mundo onde a internet tornou a grande aliada (ou vilã) e tudo acontece num clique, não se pode demorar tanto tempo pras coisas acontecerem.



quarta-feira, 26 de novembro de 2008


A modelo_atriz Eva Herzigova protagonizou um short film estranhíssimamente belo. É que o maluco do Gaspar Noé (daquele do inesquecível "Irreverssível") até que tem umas idéias malucas_interessantes. Vejam o vídeo e comentem depois. A modelo (comentam-se da semelhança com a Marilyn Monroe e não sei aonde) é um espetáculo da natureza, assim como, aquele animalzinho (um gatinho) que faz o gênero sapeca+levado+ingênuo. Confiram na sequência. Até +. See you. Best Regards.



terça-feira, 25 de novembro de 2008

{ The Guess Who [American Woman] }

The Guess Who é uma banda Canadense, destas que nunca acabaram, apesar das constantes mudanças. O hit "American Woman" é da década de 1970 e trás toda ambiência daqueles tempos. Basta ouvir a vóz lixada do cantor, os teclados vintages estilo "The Doors" e os solos de guitarras hippies. Sim, meus caros, os velhos tempos sempre existirão. Ou seria melhor dizer que quanto mais envelhecemos mais damos conta de que éramos felizes e não sabíamos ? Seria muito saudozismo esta onda nostáugica! E como os jovens daqueles tempos foram ingênuos acreditando que a paz mundial era algo factível de se conseguir por conta de protextos. A filosofia continuou, dependendo do ponto de vista. Hoje, tenho muitas dúvidas da maneira como vivemos. Somos escravos de uma cultura massacrante e ditatorial, um sistema capitalista horroroso, e não sei mais aonde vamos parar. O modelo atual é valorizar as coisas estrangeiras. Fiquei muito feliz ao ver Gilberto Gil na capa da Rolling Stone brasileira. Gostaria muito que fosse Caetano. Está muito bem com Gil. Hoje e sempre, "American Woman" é aquela America poderosa, sedutora, que agora está ficando velha como o velho continente. América de oportunidades hoje nem tanto mais como antigamente. O mundo está mudando e temos de dar conta disto. O que o velho rock tem a ver com toda esta paranóica fase histórica ? Se os jovens dos anos 60 queriam dinheiro para fazer suas farras e hoje estão no comando de mega corporações, o que será que acontece com nossos jovens atuais ? Também querem dinheiro. E um dia estarão no comando de alguma coisa. Seja do tráfico, seja na liderança de uma banda de rock ou de um banco bilionário. O mundo mudou, todavia, nossas cabeças parecem estar antenadas na era da indústria. Vivemos uma fronteira da comunicação onde a economia global depende mais do conhecimento do que das habilidades operacionais como antigamente. Entramos na era do conhecimento, onde quem sabe detem o poder. Ainda assim, vez ou outra, creio que ser um sujeito vivendo numa cidade como São Paulo, sem conta bancária, sem contas para pagar, estando ligado às artes e a cultura de alguma forma (e isto pode valer para qualquer lugar do mundo) pode ser muito melhor do que estar inserido neste meio capitalista. Onde ter uma conta bancária significa muita coisa, mas também significa uma escravidão financeira. Imaginem a vida dos que faliram recentemente por conta da crise financeira que alastrou mundialmente. É isto : American Woman é sedutora, linda, culta, mas também é perversa e má.


domingo, 23 de novembro de 2008

Saul Williams

Sempre gostei de Hip Hop. E acho natural quem goste de rock também gostar de hip hop. Todos os elementos que sempre admirei no Rock encontro no Hip Hop. Não estou falando de ídolos do mainstream, que estão lá por conta apenas da mídia, construídos por um certo mercado manipulado ou gravadoras. Porém, artistas que tem atitude, criatividade, que são carismáticos e líderes naquilo que fazem. Posso citar inúmeros exemplos e sem esbarrar em clichês. Acontece que ando ultimamente revivendo coisas legais do jazz, do rock e incrivelmente do hip hop. São inspiradores pra cacete e isto tem me ajudado, seja no estímulo, seja na criatividade, seja no que aprendo ouvindo o que querem dizer. Fora os "manifestos" musicados, tenho visto muita poesia boa e musicada. Não sei exatamente o propósito, no entanto, é muito bom.Fico imaginando como seria os poetas concretistas se tivessem a experiência de musicar seus poemas. Bom, irão citar Arnaldo. Mas ele é filho (ou seria neto?) dos poetas concretistas. Conta como geração que herdou, não é a mesma coisa. Enfim. Nesta viagem toda, sonoramente falando, acabei redescobrindo coisas boas de Saul Williams. "List Of Demand" não sai da minha lista dos mais ouvidos de meu iPod. Não ouvia um hit assim desde a época no Faith No More (década de 1990). Saul Williams é dos bons.

Esta cover de Sunday, Blood Sunday ficou genial, assim como, o vídeo.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Risky Business

É feriado em Sampa amanhã ? Então, inspire nesta demostração do Tom Cruise e comece a comemorar já.



Não bastou e quer mais ? Que tal curtir a programação da Balada Literária! Aqui. Acaba no domingo, na B_arco. Tem um porém ? Terá de trabalhar no feriado ? Eta escravidão branca.

domingo, 16 de novembro de 2008

HP, Madonna, Pharrell ... produtos e celebridades.

Celebridades sempre ajudaram a impulsionar o mercado, sejam produtos ou serviços, moda ou eletrônicos. Madonna já ajudou a vender inúmeras marcas e seus produtos, de Versace à Luis Vuitton. Entretanto, eu jamais imaginaria uma HP lançando novos produtos utilizando celebridades como chamarisco. A linha de notebooks tem feito história. Primeiramente, uma parceria mundial trouxe Paulo Coelho como "garoto propaganda", enquanto a linha de produtos de imagem e impressão tinha como garota propaganda a pop-star Gwen Stefani. Atualmente, o cantor e produtor Pharrell está realizando uma ótima campanha mundial em parceria com a HP. Claro, depois de Pharrell realizar inúmeras parcerias com cantores e artistas de peso do Hip Hop, chegou até a atuar em um vídeo de Madonna. Por incrível que pareça, estas celebridades se conhecem de longa data. E não é à toa, que a Samsung irá patrocinar Madonna na sua breve e esperada (tão esperada) turnê pelo Brasil. Bem, Samsung é concorrente da HP, Madonna é amiga de Pharrel e devem ser amigos de Gwen Stefani. Por hora, Vanessa Camargo protagonizou uma propaganda no Brasil de notebooks da marca HP e é fã declarada de Madonna. O que vemos entre marcas, produtos concorrentes e celebridades ? O que importa para as marcas é o quanto uma tal celebridade tem de potencial para alcançar um público alvo e influenciá-lo. Paulo Coelho fez isto e teu alcance é mundial e atinge um público de qualquer idade. Não existe um "garoto propaganda" melhor do que ele para determinados produtos ou marcas. Obviamente que seu preço sobe as galáxias quando aceita ser "garoto propaganda" de uma marca. Que ótimo, as marcas tem poder para isto e pagam. Eu sigo por aí, acompanhando como os produtos tentam nos impressionar com suas campanhas faraônicas. Nesta história de campanhas, o primeiro passo depois da publicidade é fazer o consumidor entrar na loja para testar o produto (ou uma demonstração através do site do fabricante já é um começo bom). O segundo passo é fazer uma lista do que queremos e desejamos ter nos próximos meses e planejar a compra ou fazê-la imediatamente (para os mais necessitados). A influência existe e não é de agora. Celebridades são pessoas que tiveram a chance de se destacar e muito. Obviamente, pessoas como Gwen Stefani ganham muito dinheiro, viajam muito para diferentes países, conhecem diferentes culturas, artes, adquirem inúmeras coisas e acabam tendo um gosto mais diferenciado. Podendo tanto possuir um gosto refinado ou não. É apenas um jogo de marketing usar aquela imagem da celebridade para alavancar vendas de produtos. Quanto ao teu nível de sofisticação, glamour, inteligência, poder de influenciar e outros itens, fazem das celebridades tornarem-se marcas desejadas. Daí, começamos a entender porque as marcas associam com celebridades. Madonna trás para seu vídeo clip "Give It 2 Me" o cantor Pharell , parece estranho e não é. Uma parceria ? Não e sim. No mundo das celebridades, não conseguimos entender muita coisa, mas sabemos de muita coisa. Isto é, o que interessa para as marcas são números. Ou seja, o vídeo de Madonna com Pharell - que coloco abaixo - foi visto por mais de 9 milhões de pessoas. Isto não basta na internet. Então, como transformar números em dinheiro ? Pergunte as empresas, pergunte a indústria. Por isto, existem tanta gente falando de celebridades e tanta celebridade falando de marcas e produtos, e tantas marcas e produtos infestando nossos lares. É um ciclo. Isto é marketing, e que criou a publicidade. E tudo nasceu da necessidade de vender coisas. Se fabricamos, precisamos vender e alguém tem que comprar. O mundo moderno entendeu que pagando bem às celebridades, elas vendem coisas, tornam-se mais ricas. Nós ficamos encantados com as publicidades, o tempo passa e as coisas mudam novamente e parece que o filme se repete. Isto é a indústria de consumo. Daqui um tempo, será muito provável que Madonna vá até sua casa pessoalmente para vender-lhe um Rolls Royce. Só não sei se ela usará um modelito Versace ou uma Dolce Gabbana. Está duvidando?




Madonna "Give It 2 Me" (feat. Pharrell)

sábado, 15 de novembro de 2008


"Não preciso descrever os sentimentos daqueles, cujos laços mais preciosos, destrõem-se por esse mal irreparável. O vazio que se apresenta à alma e o desespero que as fisionomias revelam. Foi preciso muito tempo para que nos convencêssemos de que aquela que víamos todos os dias e cuja existência partira para sempre — que o brilho de olhos adorados se extinguira, que o som de uma vóz tão familiar e querida fora silenciado e nunca mais voltaria a ser ouvido. Costumam ser essas as reflexões nos primeiros dias. Mas, quando o correr do tempo comprova a realidade do infortúnio, é então que começa o real amargor do sofrimento. Quem nunca teve, porém, algum ente querido arrebatado pela mão inclemente? E por que eu haveria de descrever um pesar que todos conhecem e que não têm como evitar? Chega, enfim, o momento em que o sofrimento é antes uma indulgência que uma necessidade. E o sorriso que brinca em nossos lábios, mesmo que seja condenado como um sacrilégio, não é banido. Minha mãe estava morta, mas nós ainda tínhamos nossas obrigações a cumprir. Tínhamos que prosseguir em nosso caminho com os que haviam ficado e refletir que, afinal, havíamos tido sorte, pois a nós a morte poupara."

Trecho do livro “
Frankenstein”, de Mary Shelley.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Michael Nyman : Time Lapse.

Michael Nyman. Eis um maestro que muito admiro pelo estilo e criatividade. Eu não tinha muito contato com música minimalista até conhecer este "maestro minimalista". O vídeo à seguir trás belas fotografias e como trilha podemos ouvir uma das músicas de Nyman que mais gosto, "Time Lapse". De fato, um lapso do tempo. Um momento de repentina fuga para vivenciarmos este tal prazer que a música e o silêncio nos proporciona. Se a arte tem um papel fundamental na vida do ser humano, tanto no sentido de imitar a vida, ela nos prova que o talento é algo digno de ter seus reconhecimentos. E não basta o talento em si, somado aos mais diversos tipos de esforços, para chegar a um trabalho competente. São somatórias de coisas. No entanto, imagino que o grau de entretenimento que a arte proporciona tenha seus reais valores e consiga agradar ao teu público ou apreciador. No caso da música instrumental, talvez, tenha um público mais seleto e exigente. Para a arte de Nyman, acredito fortemente que poderá superar os mais exigentes ouvintes e continuar bela e viva por longo tempo.

sábado, 8 de novembro de 2008

Sisters of Mercy - Temple of Love



official site
Certas escolhas
Laura tomou sua última aspirina antes de seguir pro banho. Já não agüentava mais a insistência de teu Pai dizendo que deveria responsabilizar-se por teus atos. Era só um beijo de namorados e nada mais. Então, a vontade do Pai em ver a filha casada começou a passar dos limites. Tudo para justificar aos amigos de que sua filha recebia em casa um futuro marido e não um vagabundo. De que o namoro realmente era sério, e não como alguns poderiam comentar. Uma nota de escândalo para uma família decadente seria uma péssima idéia. Tudo porque numa bela noite de verão, Laura estava aos beijos com seu namorado quando, de repente, seu pai chega pela porta da rua. E o senhor de meia-idade vai logo tocando o rapaz da casa. Achando tudo uma indecência e lasca um tapa no rosto da filha. Um tempo depois, a jovem de vinte anos resolve seguir os mandamentos do Pai. Encomenda o enxoval, escolhe uma data do casório, faz do noivado um acontecimento social. Ficam todos felizes. Aparentemente. Porém, Laura recebe uma carta de sua faculdade sobre um processo seletivo. A futura médica terá de decidir entre o casamento ou seguir os desafios da profissão. Fazer das vontades do Pai severo ou escolher pela sua intuição de jovem rebelde. Resolve arriscar na profissão. O vestido branco encomendado que custou muito pelas poucas economias da família é encaixotado. Todos os convites são queimados e o futuro marido, agora, está livre de um compromisso desta natureza. Alguns anos passaram e Laura retorna ao lar de seus Pais. Desta vez, para cuidar do velho Pai, com complicações de saúde. A Mãe já não tem mais o mesmo orgulho de quando pertencia a uma rica família de bem sucedidos fazendeiros. E o irmão mais novo não tem mais a paciência de antes. Laura abandona tudo e resolve cuidar do Pai, que sempre amou. Até que ele veio a sofrer de um derrame. Algum tempo se passou e Laura continuou a cuidar do Pai. Ele, mesmo doente, sempre acreditava que poderia mandar na vida de sua filha. Que deveria casar com um homem digno e que seus namorados de então não valiam à pena. O Pai vai perdendo a memória e piorando. Como se a doença incurável tivesse um papel coadjuvante na família e que o final não seria tão feliz como em contos de festas natalinas. O presente seria algo muito mais dolorido. Laura foi desistindo dos namoros, e a profissão tomou outros rumos. Naquela cidadezinha, acabou trabalhando num hospital público, ganhando um salário medíocre e sem perspectivas. Ela conheceu uma amiga, e iniciaram uma amizade sólida e secreta. Nos finais de semana em que podiam ficar juntas, era como se as esperanças voltassem a brilhar nos olhos de Laura. Foi necessário um grande esforço para que sua vida mudasse. Para que tudo voltasse a seguir um rumo mais feliz e menos dolorido. Ela havia cansado das críticas e exigências da família que tanto a diminuía e oprimia. Uma manhã, Laura ligou para sua amiga dizendo que o Pai tinha falecido. A família agora diminuía. A Mãe de Laura resolveu vender a casa e que ficaria bem em um asilo. O irmão caçula não tinha muita opção na vida e continuou com sua vida pacata de sempre. A única perspectiva de Laura era voltar pra capital. Com a certeza de que poderia reconstruir sua vida. Fez planos junto com sua amiga e resolveram dar um novo rumo na vida de ambas. Tudo mudou praquelas jovens, tudo mudará. Começa então uma nova vida, juntas e felizes. Apesar do tempo perdido, Laura soube que ele foi importante e que foi necessário esperar os anos passarem.

Jack Black é ótimo : Spider-man Parody.

“Tudo que vale a pena ser feito, vale a pena ser bem feito” (“Everything that is worth doing, is worth doing well”)


quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Guitar Hero : The World Tour

A última moda hightech para decorar salas de estar : - Este brinquedo nem bem foi lançado e faz um sucesso danado entre, digamos, marmanjos! Neste final de semana pude ver uma mega demonstração do game e das guitarras-quase-de-verdade durante uma sessão em loja da FastShop. A criançada vai ao delírio, fazem mosh batendo cabeça e tudo e pedem pros pais comprarem em 10 vezes. Acho um pouco demais os marmanjos segurando aquela guitarrinha debaixo do braço e tal. Sem preconceito. Creio que é sonho de adolescente não realizado. Sabe, quando aborrecente, o cara queria muito uma guitarra de verdade, queria ser Guitar Hero, coisa e tal. Cresceu e virou yuppie pra ganhar uma mega grana na bolsa. Meu ex-boss tem duas gracinhas de guitarras GH na sala de estar. A dele ninguém meche e a outra fica para as visitas "destruírem". Particularmente, acho o pacote (guitarra de plástico acoplada ao vídeo-game) interessante. Um pequeno delírio e espetáculo da tecnologia não faz mal a ninguém. No entanto, muito sem graça no médio prazo. Esgota a paciência de qualquer ser absolutamente normal. É contraditório tudo, ainda mais quando configuramos aqueles astros e estrelas do game, repletos de tatuagens, cabelos coloridos, atitudes, e na vida real somos seres de terno e gravata, frios e calculistas, que sentamos numa mesa da Starbucks e achamos que somos os mais americanos do planeta. Não gosto de modismos americanóides. Tem muito de entretenimento e pouco de conteúdo no tal "american life", estou fora. É muito faz-de-conta pro meu gosto. Quanto ao game, não compraria nada. Já fui guitarrista quando jovem, ainda tenho violão, prefiro outros jogos tanto como diversão individual ou em grupo. Não vou falar "em equipe", prefiro a palavra "grupo". Ou melhor, entre amigos. O verdadeiro entretenimento existe entre pessoas, e não entre a interface que separa a vida real da virtual. Se existe escravidão, a technologia criou mais uma. Exatamente, gerada e impulsionada pelo vício dos games.




quarta-feira, 5 de novembro de 2008

São Paulo é uma das cidades mais gentis do mundo.

São Paulo é considerada uma das cidades mais gentis do mundo pela revista Reader's Digest. O repórter decidiu repetir os experimentos da revista em lugares públicos, deixando cair papéis, chegando atrasado nos elevadores e esperando um "obrigado" ao receber o troco. Na sequência, confiram a reportagem pela Globo.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008



"Cais"
Elis Regina
Composição: Milton Nascimento / Ronaldo Basto
s

Para quem quer se soltar
Invento cais
Invento mais que a solidão me dá
Invento lua nova a clarear
Invento amor e sei a dor de me lançar
Eu queria ser feliz
Invento o mar
Invento em mim o sonhador
Para quem quer me seguir
Eu quero mais
Tenho um caminho do que sempre quis
E um saveiro pronto pra partir
Invento o cais
E sei a vez de me lançar

sábado, 1 de novembro de 2008

MTV LATINA : Tokio Hotel leva melhor na premiação.


A banda alemã de pop-rock TOKIO HOTEL levou a melhor na premiação da MTV LA, faturando todos os prêmios em que foi indicada. Os jovens (com menos de 20 anos de idade) tem influências de Aero Smith à Nena (cantora alemã famosa nos anos 80). Eu não sabia, os caras tem um fã-clube animal e já faturaram inúmeros prêmios. Pela MTV LA, faturaram na premiação de categoria como melhor-fã-clube, banda revelação, música e ring-tones.

A canção à seguir, "Monsoon", ganhou prêmio melhor música. Assistam ao vídeo. Estou curioso mesmo é pra saber como será o lançamento do (decano) disco de inéditas (?) do Gun´s N´Roses. Parece que o álbum virá gigantesco, repleto de músicas. Resta sabermos da qualidade, como AXL reinventa e como soará este novo Gun´s. Sempre fui fã da banda. Porém, a espera tem custado uma paciência de jó e isto muda muito nossos conceitos e a saudade vai passando.



sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Obama: uma síntese de idéias.

Obama, por Arnaldo Jabor (Jornal da Globo)


Obama é preto. Liberal. Culto. Com nome de muçulmano.

Obama é tudo que a América nunca quis e que parece querer agora.

Outros democratas já foram reformistas, como os kennedys, assassinados… O Clinton, mas… Brancos de elite.

Obama não é importante como novo presidente apenas, ele será a maior virada da história americana: a América se auto criticando, aceitando o rejeitado histórico, o negro cuspido, o solitário que não representa corporações.

Obama nasceu nos anos 60, junto com a integração racial, com os direitos humanos. Obama é o jazz, a sexualidade livre, a liberdade da contra cultura. Ele é uma porrada no mundo republicano de preconceito, violência, burrice, da pulsão de morte.

Se Obama não ganhar, a América vai decair como suas torres do 11 de setembro.

Neste mundo do “conto do vigário”, das finanças alavancadas, Obama é mais que um candidato; ele é uma síntese de idéias, é a tomada do poder das conquistas cientificas, culturais e éticas da modernidade.

Voltarão a razão e a inteligência, que foram escorraçadas da América nos últimos anos.

Obama não é o novo. Ele é o velho. O bom e velho humanismo, a velha grandeza esquecida do mundo ocidental.

domingo, 26 de outubro de 2008

Deus é fiel.


Este acidente com a Palio Adventure Locker aconteceu na 6a.feira última. O motorista capotou o carro após colidir com a traseira de um carro Gol (geração II). O incrível é que não aconteceu absolutamente nada com o carro Gol. Já com a Locker, o resultado dá pra ver na foto. O motorista conseguiu capotar bem em frente de uma igreja protestante. Neste dia de "aleluia", cantos e louvores, um jovem alcoolizado (aparentava) conseguiu capotar um carro deste tamanho em frente da igreja. Imaginem que na rua oposta (Maria Antonia) fica o Colégio e Faculdade Mackenzie. No horário de pico, mais de 10 mil estudantes circulam por aquela região. Um atropelamento nestas condições é totalmente possível. Acho que desta vez, Deus foi fiel e deu uma força pra que nada acontecesse com ninguém. De fato, ninguém saiu ferido. Já o carro, pelo visto, vai ficar um bom tempo na oficina. Só me resta agora deixar os dias passarem pra esquecer o barulho infernal da batida. Moro num edifício muito próximo deste acidente e o som foi absurdamente escroto, como se um avião estivesse caído na rua.


sábado, 25 de outubro de 2008

Jorge Luis Borges


En ese instante gigantesco, he visto millones de actos deleitables o atroces;
ninguno me asombró como el hecho de que todos ocuparan el mismo punto,
sin superposición y sin transparencia.
Lo que vieron mis ojos fue simultáneo: [...]
Vi el populoso mar,
vi el alba y la tarde,
vi las muchedumbres de América,
vi una plateada telaraña en el centro de una negra pirámide,
vi un laberinto roto [...],
vi interminables ojos inmediatos escrutándose en mi como en un espejo,
vi todos los espejos del planeta y ninguno me reflejó.
Jorge Luis Borges

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Tudo é ilusão.


Tudo é ilusão
Passageiros pensamentos
Outra vez alimentou minha esperança
E tudo que restou virou ilusão
As cores magentas da manhã fria
O suor no espelho do orvalho triste
Iniciou mais um dia comum
Tudo é passageiro
Quiz um bilhete para lugares comuns
Qual é o próximo trem ?
Tudo é ilusão, tudo passa, nada fica
[Nem aqueles livros da estante, os quadros,
as cifras de músicas, as melodias, os sonhos,
rabiscos, nada fica, tudo se vai]
Onde pousou o pássaro da paz ?
Diga que eu seguirei
E não me pergunte nada além
Porque eu não vi ninguém
E teu futuro está longe demais
Fica em algum lugar depois do pôr do sol
E tudo é ilusão

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Sidney, Australia (Corrida de Salto Alto)

Nova modalidade ? Isto que eu chamo de corrida de salto com estilo. Em Sidney, aconteceu uma corrida de curta distância inusitada. Para competir, as mulheres tiveram de calçar seus maravilhosos salto altos, modelo stiletto. Gostou da idéia ? Pense nas bolhas dos pés e na dor na região da panturilha depois de concluir tal prova. Estilosas as garotas de salto, original e femininas. Se a moda pega.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

32a. Mostra Internacional de Cinema de São Paulo





A Mostra começou e diante de muita espectativa. Pelo menos eu que sou fã de Ingmar Bergman estou curtindo esta homenagem. A Cosac lançou livro inédito sobre Liv Ullmann, esposa de Ingmar e que marca presença na Mostra. Eu tenho uma lista enorme de filmes que quero ainda vê-los. O problema é que tenho outras coisas em paralelo e está sendo um problema colocar tudo em um cronograma factível de ser cumprido na integra. É complicado. Justamente, porque estão acontecendo outros eventos culturais em Sampa. Por exemplo, o Sesc está com uma Mostra Internacional de Teatro e tem um monte de shows acontecendo. Musicalmente, a cidade ferve mais que tampa de chaleira. Teatralmente, idem. Agora, Mostra de Cinema é prioridade, exatamente porque acontece uma vez por ano. Temos logo mais a Bienal de Arte. E tudo vai esquentando até o final do Ano, quando os eventos começam a ficar mais escassos até desaparecer. E voltamos no ano novo com pilha total. Só pra comentar rapidamente, vi a estréia da nova peça de Marília Gabriela, "Aquela Mulher", no Sesc Anchieta. É um monólogo com três atos. No primeiro, a personagem parece uma executiva perdida entre papéis, hobby de seda, óculos pesados, sentada no chão e dizendo pensamentos em vóz alta. No momento em que o cabelo fica caindo sobre o rosto não é possível reconhecer a Gabi. Depois, parece ela mesma com os módicos óculos de sua coleção. O cenário sóbrio, escuro, de paredes de vinil (pelo menos aparentam ser de vinil) limitam a personagem naquele circulo envolta duma poltrona discreta. No segundo ato, a personagem é eleita a mulher que governará a nação mais poderosa do mundo. Dona Hilary ? Aparece vestindo um conjunto taier defronte de um palenque, inicia um discurso sobre tudo - fala coisas comuns e outras mais inteligíveis. O vinil preto das paredes agora reflete cor púrpura e seu terninho cinza vai acumulando aquela cor. A personagem engorda com a luz, os óculos e cabelos aloirados tomam outros aspectos. Já no último ato, ela surge como um anjo de asas negras com pontas avermelhadas, modelito preto colam com espartilhos e peruca enegrecida, um pouco mais verborrágica pontuando com textos mais certeiros, toma um rumo mais cômico da peça. O cenário até então escurecido com ar de vinil ganha luzes verdes de neon. O que remete a um cenário futurista, pode também lembrar a recepção de uma boate hightech. E o anjo apocalíptico seria mais uma referência a uma host daquela tal boate ou um personagem bizarro saído de um filme teenager ! No final, tudo se encontra. Aquela mulher poderosa, de projeção internacional, que perdoa um marido que a traiu com uma estagiária, é também humana, sofredora em alguns momentos e feliz noutros, critica implacável mas que sabe compreender, ela é um pouco de todos nós. O texto tem momentos felizes, alegres, inteligentes, e outros cansativos. Como no começo, em que as pausas são marcadas por acender e apagar das luzes. Os óculos como atributo da personagem fazem confundir-nos com a atriz. Em que momento estou vendo a Gabi e em que momento vejo a personagem ? Isto poderia ser melhor trabalhado na construção da personagem. E o cenário limitou muito praquele palco imenso do Anchieta. Aproximou a personagem da platéia, mas ficou um tanto limitado e sufocante demais. Se a idéia era deixá-lo minimalista e ousado, ficou apertado e carregado. Porém, interessantíssimo o fato do truque das paredes que lembram vinil, plástico, algo que remete ao sado, ao movimento dark, assim como, aquelas luzes de neon verde. A direção trabalhou bem. A música idem. É um bom espetáculo.
Nota.: o vinil preto trás uma influência maso, meio oitentista, lembrou-me alguns clipes que via quando adolescente do INXS, Depeche Mode, estas tendências gringas. Ainda não li a biografia de Hilary pra saber quem era na adolescência, o que ouvia e como sentia as coisas. Entretanto, ficou algo no ar daqueles jovens punks e darks. Seria a mulher poderosa uma dominatrix, presença líder num mundo governado por um poder sínico e centralizador, maniqueísta e opressor ? Isto não ficou muito claro no texto, que lembrou memórias e não respostas para o futuro.




segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Desfocado eu ?

Não era para ser. Isto é, ausência de foco. Sinto-me assim, como se nada agora tivesse um sentido. Estou iniciando um projeto, será maravilhoso. Entretanto, agora está ainda meio nebuloso. Num momento mais propício comento sobre isto. A foto foi tirada dias atrás. Ficou com ar de emo, a camisa listrada virou uma estampa qualquer ... tudo ao acaso. Como a vida deveria ser.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Paolo Nutini

Tenho ouvido um tanto estas músicas do Paolo Nutini. Prestem atenção neste italiano e sua banda. Achei um vídeo onde Nutini vez um cover bacana de "Rehab", da transloucada Amy. Ainda não comprei a biografia da Amy. E confesso que tenho curiosidade de entendê-la, mas um tanto por uma lida desta tal biografia. Amy surpreendeu-me pela vóz, pela atitude, pela vida que beira a tragicomédia. Como alguém pode viver entre o extremo do sucesso, do talento, e jogar a vida tão prabaixo daquela maneira. No entanto, acho a Amy interessantíssima, cheia de personalidade, estilo. Sim, pessoas como ela aparecem vez ou outra para ensinar alguma coisa. Num mundo cheio de mesmices, Amy virou estrela e diva.



quinta-feira, 9 de outubro de 2008

I Love Rock N' Roll

É isto aí. Joan Jett para lembrar um super sucesso de 1983. Ouvia muito esta canção ainda muito jovem, perdido nas montanhas do sul de Minas Gerais. Ficava imaginando como uma mulher poderia ser líder de uma banda e ainda cantando com aquela atitude. Tempos diferentes. Detalhe, na época não tinha vídeos nem MTV. Então, era comprar revistas especializadas para poder ter acesso as fotografias dos shows e matérias especializadas. Quando muito, o encarte de um disco importado trazia alguma foto. Era muito difícil acompanhar o que rolava no mundo inteiro. Hoje, a internet faz este papel de trazer praticamente tudo na tela com apenas um click.
Das Girl Bands surgidas na década de 90 por influência das pioneiras bandas femininas como Blondie, Path Smith, Siouxsie And The Banshees e outras, a única que pude presenciar um show ao vivo foi L7, durante passagem pelo Rock In Rio de 1993. Na época, o auge era o grunge de Seatle e coisas punks modernosas americanóides. Pois é, eu usei muito camisa chadrez e coturnos. Era must entre a garotada. Numa certa época da vida, achei que a Califórnia deveria ser o paraíso. Até que um dia pude visitá-la e mudar um pouco meus conceitos. Ainda pude ter tempo de fazer o percurso "turístico" pelos points dos beatnicks em San francisco e comprar alguns livros do Kerouac que ainda tenho. Só assim pude entender aquela geração de 50 e tudo que veio depois. E parece-me que loucos somos nós e não aqueles jovens transgressores. O mundo mudou, mas a cabeça de muita gente não. O que é uma pena. Ah, sobre sons e afins, eu tive um aparelho walkman que usava uma pochete pra carregá-lo e consumia 4 pilhas grandes. Era uma criança andando com aquela engenhoca na cintura. Achava o máximo, tipo ciborgue com toda aquela parafernalha high tech. E não é que hoje um mp3 cabe no bolso da camisa e pesa menos de 100 gramas ? Que coisa. Acho que a tecnologia ajudou a mudar a cara do rock e dos ouvintes, obviamente. Apesar que estou quase voltando 100% a ouvir vinil.




L7 pra matar saudades (tempos geniais).

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Hotel Fasano no Rio de Janeiro.

Agora, FASANO também na Cidade Maravilhosa. O ponto é um privilégio e o lounge da cobertura tem uma vista super privilegiada. Apesar de que, ainda prefiro a vista tida pelo apartamento do Niemeyer - ou de Paulo Coelho - para Copacabana. O café da manhã do Hotel chega a dar água na boca, cobrados 55 reais por pessoa. Simbólico? Assistam o vídeo e tirem suas conclusões. É o que digo, dinheiro é pouca bobagem num mundo repleto de excentricidades, luxo e conforto. Num país de cegos quem tem um olho é rei e dorme no Fasano. Tá bom assim ?


quinta-feira, 25 de setembro de 2008

BlackBerry Curve.

Adquiri um blackberry Curve e não tem nem 1 ano. Entretanto, acaba de chegar nas lojas da Vivo esta gracinha do BlackBerry Bold. Além de mais fino, acaba sendo uma versão luxuosa (uma vez que a parte traseira do aparelho é revestida de couro), tendo um display maior e uma interface mais sofisticada. Também, com incrementos do tipo wifi, bluetooth e GPS. Pra quem anda de bicicleta em SP ou de carro/moto, ter GPS é uma mão na roda. Pra quem corre, sugiro um modelo do Polar (RS 800G3) que possue GPS. Não dá pra correr com um blackberry no bolso só por conta do serviço de GPS. No caso do Blackberry, estou em dúvida quanto fazer um upgrade agora (não aguento mais acompanhar estas tais modernidades tecnologicas). Ainda tem o tal iPhone, que nunca chega nestas terras de Cabral. Porém, entre um iPhone (que é fashion) e um BlackBerry (mais corporativo), prefiro o BlackBerry. Mesmo sendo fã do Apple Way Of Life, desta vez o iPhone não me pegará. Steve Jobs que me perdoe, mas pagar os custos por um iPhone aqui não vale a pena. Felizes são os que moram nos USA e que pagam micharia prestas coisas. Na verdade, eles pagam o preço devido. Aqui no Brasil eu ainda não consegui entender tamanhas taxas pelos serviços e custos de produtos importados. Só pra se ter uma noção, uma mochila da Oakley custa 80 dólares nos USA e aqui custa 500 reais. Foi um exemplo bem fútil. Mas a coisa está neste nível. Quer qualidade, pague muito, mas muito caro. Bom, estes dias pedi um café na academia que frequento. O restaurante está com novo dono. Então, serviram um café todo fresco, de sachê e tal ... o custo ? R$4,50 reais a chicrinha. Tomei um susto. Como o Governo permite que vendam uma chícara de café por 4.50 reais ? ENFIM. Tem outras coisas mais absurdas mas que não direi aqui. A coisa tá tão discrepante que estou deixando de curtir São Paulo. Acho que dentro em breve sumirei pro interior ou pra outros continentes. Talvez, mudar pra Santos. Por que aqui em Sampa está ficando caro demais e a qualidade de vida cada vez pior.

Copan


Concluí um conto sobre o Copan. É um relato hiper-realista sobre uma explosão que acontece no Copan. Sempre tive este olhar sínico com ele, ao mesmo tempo em que fico maravilhado. Como seria implodir aquilo, como seria invadir a vida alheia de tanta gente que mora ali e esmiuça-las. Só um conto para usar da ficção e dar espaço destes acontecimentos inimagináveis outrora, senão no papel. Eis que este conto também entrará pra série que estou trabalhando. Dentro em breve, o livro deverá sair do forno. Se eu correr à tempo. Assim desejo.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

The Alitto Name in History



The Alitto Name In History
Editorial Reviews
Product Description

The Alitto Name in History is a customized book offering a unique blend of fascinating facts, statistics and commentary about the Alitto name. The book is just one of an entire series of family name books in the Our Name in History collection. Each book in the collection is printed on demand and is compiled from hundreds of millions of records from the world's largest online resource of family history, Ancestry.com. This particular book follows the Alitto family name through history and makes the perfect gift for your family members and anyone interested in the Alitto name. In the book you'll find out about where people with the Alitto last name originated. You may discover the countries and ports they left behind, the ships they sailed and more. You'll get a better idea of where people sharing the Alitto name settled and where they may reside today in the United States, Canada, England and other countries. You'll get all this information and much more in your Alitto family name book. If your last name is not Alitto, then check out our collection of nearly 300,000 family name books to find other available names in the series.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Ironman Austria 2008

Direto do forno. O percurso é maravilhoso e penoso.
Tenho um amigo que faz triatlon e não é patrocinado. O coitado manda ver na natação, passando todo mundo. Porém, na hora das bikes, o coitado fica para trás porque não tem uma super-máquina. Sacanagem.

Vejam o que rolou na Austria. Acontece de tudo numa prova desta proporção e não é pra qualquer ser humano. Chega a ser insano o percurso : 3,5 km natação, 145 km de bicicleta e finalizando 42 km de corrida. Tá bom assim ? Se errei nas medidas, foi por pouco.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Frases sobre Moda.

É curioso como as pessoas ainda desaprovam a roupa,
depois de milênios.
Consideram a nudez mais autêntica.
Não posso imaginar um pensamento mais pervertido.
A nudez sempre me pareceu tão artificial.
Aparecer no tribunal totalmente nu.
- Ah, essa seria a pose extrema.
Tirem a minha roupa e minha alma vai junto.
Oscar Wilde (1854-1900)
Na peça teatral de Terry Eaglenton
Seja simples no vestir e sóbria em sua dieta;
para ser curto, minha querida,
beije-me e cale-se.
Lady Mary Wortley Montagu
(1689-1762)
Moda é tudo que sai de moda.
Jean Cocteau (1889-1963)

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Oficina da Palavra Casa Mário De Andrade

Fui selecionado para esta oficina da palavra e estou muito contente. O curso decolou nesta 3a.feira e os encontros serão de 3as. e 6as.feiras, com duração de 3 horas cada. O período é de quase 1 ano de curso.
Depois que passei um período no Mestrado em Crítica Literária e Semiótica pela PUC, estava carente de um curso prático para rabiscar algumas idéias no papel e aprender um tantinho mais. Afinal, cursos com foco em contos e prosa literária, com uma boa carga horária teórica e prática, ainda é raro aqui. É isto, tenho mais que aproveitar.
Boas novas : dentro em breve, alguns contos meus serão publicados em uma revista especializada em poesia e proza (aniversário da vigésima edição). O must é a encadernação capa dura e a edição "número 20" que será recheada de novos talentos e outros bacanérrimos experts em letras. Gostou? Nada como um tempinho fora dos guetos pra refrescar a mente e iniciar o semestre com um approach diferente. Et voila. Humberto.



Oficinas Culturais
OFICINA DA PALAVRA CASA MÁRIO DE ANDRADE – BARRA FUNDA

“Aqui tudo se acumulou. Esta é a Rua Lopes Chaves, 546, outrora 108" (Carlos Drummond de Andrade).

Nesse endereço, antiga casa do renomado escritor e intelectual Mário de Andrade (1893 -1945), funciona desde agosto de 1990 a Oficina da Palavra. É uma Oficina temática, isto é, sua programação é voltada para uma área específica — a do texto e da literatura. Seus projetos incluem o estudo e a criação de diversos gêneros literários (conto, romance, poesia e dramaturgia), jornalismo, crítica, interpretação de textos e redação, somados a palestras, ciclos de depoimentos de escritores, leituras dramáticas, recitais, mostras de filmes e lançamentos de livros, bem como atividades correlatas como, por exemplo, ilustração e encadernação. Entre os nomes que já passaram pela programação da Oficina da Palavra estão Marcos Rey, Lygia Fagundes Telles, Ivan Ângelo, José Simão, Caio Fernando Abreu, João Silvério Trevisan, Ruth Rocha, João Cabral de Melo Neto, Ignácio de Loyola Brandão e Renata Pallotini, entre muitos outros.

Coordenadora: Rosa Artigas
Rua Lopes Chaves, 546 - Barra Funda - São Paulo/SP - Cep: 01154-010

domingo, 7 de setembro de 2008

Sofia Boutella

É incrível como esta mulher reinventa-se. E como é fascinante este universo feminino, isto é, da dança. Eu gosto de street-dance e hip hop, mas Sofia é inacreditável. Jamais pensei que alguém pudesse dançar desta maneira ao som de Rob D "Clubbed to Death" (som e música rock industrial meio techno). Pra quem não lembrou ainda, Sofia Boutella participou como dançarina na turnê milionária "The Confessions Tour" de Madonna. A turnê de 2006 faturou, em apenas 4 meses, mais de 200 milhões de dólares e entrou pra história de shows mais rentáveis realizados por uma mulher. Não precisa falar mais de Sofia. Ah, ela virou garota propaganda da NIKE. Alguém precisa de uma colher de chá pra entender como é que se caça talentos? É isto, primeiro a Nike, depois, Madonna. É um belo curriculum pra moça.

Sofia ao som de Rob D :





sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A algorithmic in the face of consultant man

A algorithmic in the face of consultant man

Dia destes, minha agenda foi sarcástica. Dá só uma espiadinha :

· Logo pela manhã, beirando 11:00, entrei numa livraria da Maria Antonia – Nobel - e solicitei ao vendedor este livro : “O Jeito Mckinsey de Ser” ( tempos atrás, este livreto era uma bíblia que todo consultor andava com um exemplar debaixo do braço ) . O rapaz, meio atencioso, caminha ao terminal e começa a digitar : “O Geito ...” Para, moço, Jeito é com “JOTA” e não com “GE”. Ele corrige e inicia a busca. O livro está esgotado.
· Saco meu Blackberry e faço uma busca rápida no “Estante Virtual” pra ver se acho algum usado. Encontro a informação que um Sebo na Dr. Villa Nova teria o exemplar por 19 reais e em bom estado. Chegando no Sebo, dou de cara com uma vendedora cadastrando livros semi-novos e, com pouca paciência, faz uma busca. Isto porque eu tinha ligado antes e solicitei pra reservar. Digo que fui eu o rapaz que havia ligado e ela consulta outra pessoa pra saber da reserva. Vem a informação que o livro foi vendido. Mas porque ainda constava a informação no Estante Virtual ? Alegaram que o site leva 1 dia para atualizar.
· Fui até a FNAC pra tentar uma busca do livro. Exatamente, porque a FNAC costuma ter livros em estoque e que em outras livrarias constam como “esgotados”. Olhando na estante de livros de Administração, não agüentei olhar para tantos títulos com palavras como “GUERRA” e “COMPETIÇÃO”. Parece que tudo no meio corporativo resume-se em : Guerra e Competição. É muita falta de criatividade para os títulos dos livros de Administração e negócios. Quanto ao Mckinsey, eu desisti. Mas encontrei outras pérolas que comento em outra oportunidade.
· Ainda na FNAC, recebo um recado de uma headhunter. Retorno a ligação e cai na caixa postal. Tento novamente 20 minutos depois. Reagendamos o bate-papo para 18:45 da noite. Veja a precisão do tempo : exatos 18:45.
· Resolvo voltar pra casa e trabalhar um pouco. Coisa habitual nos dias de hoje é a prática do home-office. E fiz meu tour atrás do livro em exatos 120 minutos.
· Novamente, meu celular recebe outro recado. Era meu professor nativo que atrasaria 1 hora pra chegar em casa. Nossa aula seria as 19:00 horas e ficou pras 20:00. Sendo assim, sobraria um bom tempo pra headhunter.
· Não satisfeito com minha rotina e trabalhando sempre mais do que a média, revisei alguns cronogramas e atividades. Descobri alguma coisa não muito boa sobre performance e sobre recursos dedicados. A boa notícia era que os cronogramas estão em dia. A má notícia é enxergar tantos talentos desperdiçados. Principalmente, quando alocados em atividades diárias de rotina, como “apagar incêndio”. É aí que o profissional deixa de prestar porque era criativo, propunha idéias novas, tinha estímulos, pra cair no óbvio do costumeiro, trivial, rotineiro. Enfim, acho que é carreira mal administrada. Mal dos tempos modernos. Apesar que todo jovem acaba de sair da Faculdade e já quer virar gerente. Vamos com calma. Tem muita água pra correr no moinho.
· Fui rapidamente até a Academia da Av. Angélica e, chegando lá, outra gravação. O pessoal da Rede SBT estava com toda equipe : câmera man, jornalista, personal e uma senhora fora de forma. Provavelmente, algum novo desafio proposto em algum programa de auditório. Voltei pra casa. Eu tenho problemas com imagem. (risos)
· O telefone toca novamente, era engano. Recebo alguns SMS de pessoas solicitando coisas. Meu MSN está abarrotado de mensagens. Respondo as mais importantes, outras deixo para depois.
· A Headhunter liga, falamos por exatos 30 minutos. Surge uma nova oportunidade. O mundo é cheio de novas oportunidades. Pena que a maioria da população não sabe onde procurá-las.
· A Nike me liga, chegaram novidades para conhecer. A HP me manda uma newsletter informando que eu (consumidor) estou atrasado para responder uma nota sobre qualidade dos serviços. A Bio Ritmo me liga informando que ganhei 3 dias de uso da unidade Platnum do Shopping Higienópolis por ter comprado um produto numa loja de suplementos. Eu já fui aluno da Bio Ritmo, já fiz o Face To Face, e não tinha interesse em voltar. No entanto, fui visitar a loja num sábado qualquer. As empresas estão atrás de nós - consumidores. E eu estou atrás das empresas. Tem alguma coisa errada neste mercado. Tem algo que está fora dos eixos. Uma única pessoa num único dia ser requisitada tantas vezes. Desisto um pouco de tudo e contemplo o início da noite. Minha trajetória quase finalizada.
· O professor chega. Ele só toma água se a garrafa estiver fechada, como se acabado de comprar. E eu tenho de abastecer o "estoque" pras aulas futuras. É, o cara veio de Los Angeles e vive algum tempo em SP. A aula foi produtiva. Conversação em outra língua é algo excitante, acompanhar o desenvolvimento pessoal, as falhas e melhorias. Tudo requer planejamento.
· Vou dormir e já é quase meia-noite. Meu amigo ator de Curitiba manda alguns scraps e torpedos dizendo que a peça foi um sucesso, coisa e tal. E as mensagens foram chegando até 1 da madrugada. E eu não acreditando. Empresas e pessoas nos acessam quase 24 horas por dia. Como meu blackberry fica ligado o tempo todo na internet, cai emails 24 horas neste aparelhinho. E as pessoas continuam dependendo das empresas que continuam dependendo das pessoas.
· Eu não havia comentado, porém, quando fui pra Paulista, até a FNAC, percebi que o cobrador do ônibus usava um MP3 da Sonny e ainda usava um celular da LG para mandar mensagens. Ao meu lado, um garoto de uniforme do Dante usava a última tecnologia em tênis da Nike. E um tipo executivo, de terno e gravata, anotava coisas em seu smartphone. Percebo que a cidade de São Paulo (região central e zona sul) está ficando cada vez mais parecida com Nova York. Só falta as pessoas aprenderem a falar tão rapidamente quanto o sotaque do novaiorquino. Tudo aqui é rápido, e o paulistano absorve todas as tecnologias possíveis com uma velocidade incrível. É uma pena que o transito incomode enormemente os cidadãos, e a violência. Mas o resto caminha velozmente prum outro sentido. E parece que estamos vivendo num ritmo efeito globalização, tudo que acontece lá fora tem respaudo aqui quase imediato. E neste imediatismo, de novo, surgem as oportunidades. Ps.: eu estou deixando de usar carro e passar a usar transporte público e bicicleta sempre que possível. Ando fazendo minha contribuição pruma cidade menos caótica e uma vida mais saudável pra todos. Espero que os carros respeitem mais os ciclistas.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Cartel Endorphina ... é isto ai.


Acabo de descobrir que no site http://www.nikecorre.com.br/ está disponível a foto acima. Qualquer participante que cumpriu a prova tem de digitar o número da inscrição (vide logo na camiseta) e solicitar a foto. Muito legal.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Nike 10K The Human Race - resultados.


É isso aí. Cumpri a prova em exatos 55 minutos e 41 segundos (55:41) no percurso 10Km, que este ano inovou num circuito externo à USP. Foram 25 mil participantes que tiveram a coragem de madrugar na USP num frio de 11 graus. Concluí a prova e no display percebi que cheguei entre os primeiros 10 mil colocados. Não aguentei ficar pro show do Seu Jorge. Acho que o som dele não tem muita ambiência prum evento esportivo. Depois da endorfina circulando à mil, um poprock ou eletro-punk-rock seria melhor. Enquanto isto, o rock do Sideral tinha sido muito bom. ( resultado aqui : http://www.nikecorre.com.br/the_human_race/pos_corrida/result.php )

Garbage + Shirley manson : "Bad BoyFriend"

Live Rock Am Ring Germany



Bad Boyfriend Video