sábado, 26 de abril de 2008

Homem quebra vitrine da livraria Cultura com taco de beisebol em São Paulo



DIÓGENES CAMPANHA
da Coluna Mônica Bergamo

Um homem que se identificou como Alessandre Fernando Aleixo quebrou uma vitrine da livraria Cultura do Conjunto Nacional, na esquina da avenida Paulista com a rua Augusta, na tarde desta sexta-feira.

Às 15h47, segundo a assessoria de imprensa da loja, ele correu contra a parede de vidro do setor de arte e desferiu vários golpes com um taco de beisebol, destruindo, além da vitrine, uma TV de plasma que estava exposta no local.

"Ele não falava coisa com coisa e não reagiu à prisão. Acho que era alguém doente, completamente confuso", diz o empresário Pedro Herz, dono da livraria Cultura. "Nos Estados Unidos, eles saem metralhando. Aqui, felizmente, ninguém se machucou."

O homem foi levado para o 78º DP (Jardins), onde está sendo registrado um termo circunstanciado --boletim de ocorrência de menor potencial ofensivo.

Aqui --> http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u395808.shtml

LANÇAMENTO : revista de poesia "Inimigo Rumor" no.20

Edição especial "10 Anos" INIMIGO RUMOR

Site: http://www.cosacnaify.com.br/noticias/inimigorumor/release.asp

LANÇAMENTOS

Rio de Janeiro - Sábado, 26 de abril DE 2008, 10h
Livraria Berinjela
Av. Rio Branco, 185 - Subsolo - Loja 10
Tel (21) 2215 3528

São Paulo - Terça-feira, 29 de abril DE 2008, 20h
Bar Balcão
R. Dr. Melo Alves, 150
Tel (11) 3063 6091

Belo Horizonte - Sábado, 10 de maio DE 2008, 12h
Livraria e Editora Scriptum
Rua Fernandes Tourinho, 99 - Funcionários
Tel (31) 3223 1789

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Hey, Hey, I Wanna Be A Pop Star !

Acabo de visualizar este vídeo direto do blog da Dani ( http://www.havesometea.net/MadTeaParty/ ). É muito engraçado, very cool.

Aqui :



Detalhe, a coisinha foi vista por mais de 6 milhões de visitantes. Tomara que esta "doença" do consumo exagerado e da idolatria para tais celebridades tome um rumo diferente. O clipe fala disto e muito mais. Afinal, quem dá ibope pra tais celebridades e/ou acontecimentos, de certa forma, também somos nós.

Cansei De Ser Sexy pagando pau para L7.

Vejamos ... ainda não acreditei nesta suposta homenagem do CSS ao realizar este vídeo-clipe. Trata-se de um cover do CSS cantando um clássico da banda californiana L7, "Pretend We´re Dead". Realmente, vamos morrer depois disto. Até é engraçadinha. Contudo, não tem o peso fundamental da originalíssima L7. Faltaram distorções das guitarras, vocais poderosos, atitude punk. Como no underground tudo ou quase tudo é permitido, então, que assim seja.

CSS :



L7 :

quarta-feira, 23 de abril de 2008

"Falta em Portugal espírito crítico", afirma Saramago durante exposição.

"Falta em Portugal espírito crítico", afirma Saramago durante exposição

Lisboa, 22 abr (Lusa) - O escritor José Saramago afirmou nesta segunda-feira, em Lisboa, que "falta em Portugal espírito crítico" e defendeu o valor das "idéias que vão contra a maré".As declarações do Prêmio Nobel da Literatura de 1998 foram feitas durante uma visita à exposição "José Saramago - A Consistência dos Sonhos", dedicada a sua vida e obra. A mostra, que reúne mais de 1.200 documentos, será inaugurada na quarta-feira, na Galeria de Pintura D. João 1º do Palácio da Ajuda, em Lisboa.

Em entrevista coletiva, Saramago falou durante mais de meia hora sobre as suas impressões em relação à mostra e a recuperação física após problemas graves de saúde pelos quais passou no fim do ano passado.O autor ainda comentou sobre seu novo livro, "A Viagem do Elefante", que deve ser publicado no segundo semestre. "Desculpem-me as senhoras, não haverá história de amor", disse. "Os escritores não podem salvar nem o mundo nem o país em que vivem", afirmou, acrescentando que "há muito trabalho a fazer, e não é para restituir Portugal a um papel que só episodicamente teve, mas para que seja um lugar reconhecido".RetornoAo lado do ministro luso da Cultura, José António Pinto Ribeiro, e do curador da exposição, Fernando Gómez Aguilera, também diretor cultural da Fundação César Manrique, Saramago disse estar "muito feliz por estar em Portugal"."Tenho a reputação de ser uma pessoa seca, dura, antipática e de ser vaidoso. Mas eu sou um sentimental", disse, revelando o motivo que o levou a deixar o país, em 1993. "Fui tratado injustamente nesta nossa terra e sofria", afirmou."Este país é o exemplo de algumas coisas negativas, mas é o meu país. Descobri, há pouco tempo, que a língua mais bonita do mundo é o português. Talvez por viver no estrangeiro, comecei a saborear as palavras e a reconhecer a sua beleza melódica", salientou.Para Saramago, "a língua é o ar que respiramos" e "há uma grande responsabilidade da imprensa na defesa da língua portuguesa, a de Camões".Em relação ao acordo ortográfico, Saramago disse que já foi contra e a favor, mas que, fundamentalmente, esta nova reforma "é uma operação estética à língua" e que ele continuará a escrever da mesma forma - "os revisores que tratem disso". "Haverá facções contra e favor, mas não é tanto importante como a língua se apresenta, mas o que ela diz, o que propõe", disse.Sobre o seu atual estado de saúde, comentou estar "ainda um pouco instável". "Quando estava na clínica, pesava 51 quilos. Já recuperei 12 ou 13. Eu parecia uma múmia andante. Não gostava de me ver assim. Estar aqui é um milagre", afirmou.

domingo, 20 de abril de 2008

terça-feira, 1 de abril de 2008

"Nelson tem nitroglicerina na palavra" ...

Algum tempo atrás eu já havia comentado da valorização fora do Brasil deste grande dramaturgo. Um amigo meu de Grenoble/França, ganhou um livro contendo toda obra de Nelson. Aquela publicação da Nova Aguilar. E os comentários eram sempre estes : vocês tem um grande gênio no Brasil. Grande escritor e, talvez, o cara que melhor soube escrever e, pior, captar a alma brasileira. Isto é, como uma lupa que amplia o que há de mais sórdido, perverso, humano e belo do povo brasileiro. Ele disse isto sobre o aspecto da classe média e burguesa brasileira. Se não uma das classes mais poderosas em alguns aspectos, seria a mais complexa numa análise, digamos assim, mais psicológica. Trocamos inúmeros emails e, agora, falamos sobre esta estréia do grupo Macunaíma/CPT. Estive na estréia e quero retornar novamente. Quantas vezes for possível. Com Antunes, tornei-me cativo. Vejo suas peças com frequência. Se possível, mais de 10 vezes. Eu aprendi que em São Paulo não adianta correr atrás da propaganda, uma vez que nesta cidade encenam-se mais de 600 peças-teatrais por ano. E centenas de filmes. A crítica faz um bom papel. Entretanto, nem sempre ela diz aquilo que interessa a um público já iniciado no teatro e/ou cinema. Então, faço minha peregrinação solitária e elejo poucos amigos que são como guias culturais. Eles vão apontando aquilo que é bom ou ruim conforme nossas classificações, gostos e gêneros. Como num boca-boca mais seletivo. Com Antunes aprendi que sempre vale à pena. Se existe um encenador que me agrade sempre é este senhor e sua equipe. Em "Senhora dos Afogados", além disto tudo que a matéria do Estadão publicou (e no site da FolhaSP também tem outras matérias sobre a peça) percebi que Antunes está trabalhando mais com o corpo de atores homens. Eu já conhecia o texto que é belíssimo. E nem é um texto muito difícil pela leitura. Entretanto, o complexo é a montagem mesmo, os personagens e a vóz, como dizer, como encontrar o tom, dentre outros aspectos complicados. Existe nesta peça mais homens que mulheres. Como poderia sugerir o texto e/ou adaptação. E até um ator homem passa por uma mulher (visinha/coro), com maquiagem e tudo. Muito bom, por sinal, sua composição. Já o fato de ter homem fazendo mulher no elenco do grupo não é algo novo. Mas faz pensarmos que os homens estão mais presentes do que nunca nesta montagem. Se antes nas tragédias gregas existiam mais corpo feminino que masculino, e em "O Canto do Gregório" tínhamos um personagem masculino e protagonista que era interpretado por uma atriz, agora temos mais homens presentes no elenco da Senhora. Um outro fato curioso é como este elenco vem se reciclando. Apresentando ao público novas atrizes com talento e força. Assim como, novos atores. Percebi também uma grande evolução e mostra de talento reconhecível com o ator Lee Taylor. Pra mim, ele é um novo grande ator no CPT. É um ator jovem de muito talento, sensibilidade e qualidades que fazem-no superar-se a cada nova montagem do grupo. Em "Senhora Dos Afogados" teu personagem conseguiu ser tão marcante ou mais do que Quaderna, protagonista de "A Pedra Do Reino". Talvez, pela linguagem e formato da encenação, tenha me cativado tanto. O que é uma nota pessoal. E o que não deixo de comentar que percebi uma grande evolução, notória na composição do personagem, na pronúncia das palavras, que sugere um trabalho mais maduro. Não que Quaderna seja menor. O que é impossível. É um belo personagem. Isto é, um personagem mais cômico e engraçado do universo genial de Suassuna. Este de Nelson é alguém mais maduro, com outras nuanças, um outro tipo de arquétipo, que trabalha com outra verve, mais introspectivo, complexo talvez. Com este jogo de personagens, o ator mostrou repertório e competência, que foi pra mim significativo para compreendê-lo como ferramenta no trabalho de ator. No geral, surpreendo-me com a qualidade impressa deste grupo e da encenação séria e competente do mestre. Fui tomado por aquelas poucas horas e mergulhei no universo rodriguiano de uma maneira quase inebriante, embriagado pela história, músicas, figurinos, adereços. Foi como um golpe forte e eficaz que bateu sobre mim. Saí emocionado, pra não dizer chocado e boquiaberto com a beleza e perfeição de tudo. Não fiquei com dúvidas, vi uma das melhores encenações da minha vida.

Quem fizer mais buscas no google, encontrarão outras matérias e assuntos já publicados sobre "Senhora dos Afogados". Eis um espetáculo que recomendo veemente. É como procurar agulha no palheiro. Valorização esta tanto pela genialidade de Nelson Rodrigues (precisamos nunca esquecê-lo), quanto pela competente direção deste espetáculo e o eficaz corpo de atores/atrizes.

Sugiro leitura sobre o que publicou-se no Estadão :

http://www.estado.com.br/editorias/2008/03/28/cad-1.93.2.20080328.34.1.xml