domingo, 31 de maio de 2009

The Cleaners - To Grow Old



http://www.myspace.com/thecleanerstheband

InXs & U2

Existiu um tempo em que havia uma competição saudável entre estas bandas. Eram discos cada vez melhores, álbuns que pareciam querer competir entre suas bandas que fomentavam sucesso, hits memoráveis e muita diversão. Lembro-me ainda do show do INXS que pude ver em 1991. Depois, em 1998 pude ver o U2 no Morumbi, em São Paulo. Ainda são bandas que gosto. Apesar que o INXS só tenho ouvido os discos gravados com Michael Hutchence. No ano de 1990 eu conheci uma jovem americana, de Ohio. Em passagem pela cidade dos meus Pais, esta jovem realizava um intercambio e não falava absolutamente nada em português. Eu tinha uma moto e vivíamos andando pela cidade. E o que mais fazíamos era trocar vivências musicais. O som que se ouvia em Ohio era muito triste, musicalmente, a Jéssica gostava de instrumental. Foi minha primeira experiência com o jazz. Eu tinha 17 anos. Ela conhecia muito pouco ou quase nada de INXS e U2. Diferentemente de Bon Jovi que era algo muito popular nos USA. Nossa amizade perdurou por 1 ano. Posteriormente, Jéssica voltou aos USA e retornou ao Brasil para estudar diplomacia em Brasília. Fazem anos que não temos mais contato. Hoje, sempre que ouço INXS, me recordo da minha adolescência, do tempo em que podia sentir livre por viver numa época de inocência e imaturidade. Hoje, ouvindo este novo som do U2, percebo que é um som mais maduro, tem alguma sensibilidade ali que nos toca diferente. A primeira vez que fiz audição de "No Line On The Horizon" eu me arrepiei todo. Tem algo tocante nesta música e não sei bem o que é. Fora a letra que é linda. Mas a musicalidade é muito tocante e a vóz de Bonno é algo sublime. Isto é, uma vóz que é o modelo pruma banda de rock deste formato. Assim como Hutchence. Eles foram fundamentais para forjar um estilo de banda, de atitude, de rock stars. Seja na maneira de vestir, de dialogar com as mídias, suas relações com o público que é o mais importante. Cada álbum novo é como um livro que um escritor lança. O que ele quer falar ao público. O que ele quer que o público saiba, o que tem de novo ou de conhecido. Estas são as perguntas e as respostas encontramos naquilo que nos toca ou que nos faz pensar diferentemente. Porque estamos mudando o tempo todo. E U2 é uma banda que sempre mudou. E sempre fez bem por mudar. O novo álbum é estupendamente belo. Além de um encarte inovador, numa embalagem caprichada, o disco realmente é tocante.
- Um hábito que aprendi com a Jéssica e anos depois, percebi que é hábito de gente que quase não tem muito tempo : entrar num supermercado e comprar algo e sair pela rua comendo. Eu sempre achei que deveríamos parar para comer algo. Hoje, acho divertido a idéia e sempre estou com alguma coisa comigo para comer. Inclusive, pacotes de bolachas. Mas não são as bolachas bonno e nem tostines. Estas eu tenho uma certa restrição por ter alta concentração de açúcar. Ou seja, engorda.



domingo, 24 de maio de 2009

Antony & The Johnsons - The Crying Light

Antony & The Johnsons lançam um novo disco, The Crying Light, dedicado ao bailarino Kazuo Ohno. Um belo disco, maduro, poético, completo. Eu não tive a oportunidade de ver Kazuo quando no Brasil esteve. Mas conheci pessoalmente seu filho. São de uma simplicidade e humildade que só me fez acreditar que a arte está num patamar muito superior. E que o humano só tem a aprender neste processo evolutivo. Deixemos a arrogância de lado. O homem nada ganha com isto. E que bela música de Antony. Muito boa homenagem a Kazuo.

The Appleseed Cast - Fight Song

Fluidos - Jornal das Dez - Globo News (é cinema, é aovivo)

terça-feira, 19 de maio de 2009

Goodies : a tentação do chocolate numa bolacha.

Encontrei uma fonte de energia incrível, são estas bolachas Goodies (não é google). Elas são de fabricação portuguesa e distribuídas no Brasil. Aqui em São Paulo é fácil encontrá-las na rede Pão de Açúcar. As bolachinhas são em formato de rosquinhas, ovaladas, como se fossem pneus em miniatura. E vem todas enfileiradas numa embalagem plástica envolto desta outra embalagem externa. As que são distribuídas no Brasil ainda tem a embalagem na cor laranja. Tendo sabores entre chocolate branco e chocolate escuro. Claro, chocolate meio amargo. Pra quem gosta de chocolate amargo ou meio estas bolachas são uma excelente opção. Não são totamente de chocolate, este é apenas a cobertura desta bolacha de leite. Pena que contém glúten, e os alérgicos ficarão de fora desta farra. Geralmente, antes de uma corrida, costumo atacar algumas destas. É de fácil digestão e são leves. Mesmo contendo chocolate.
Site do fabricante : www.vieiradecastro.com

segunda-feira, 18 de maio de 2009

As molherespráticas não querem mais escrever em seus blogues. Bloguei pras molherespráticas. Mujeres porquenomás blogastes? As coisas femininas, feminices, femininices, femininamentes ... acabaram? Acabou de acabar. Mojeres, porque tanta preguiça de escrever? Nosesabemasnada, noquieresmasnada, non se escribe más em neguno blogui. Porque não quer mais escrever textos virtuales? Pero, estás de luto por alguém? Não escreveu nenhuma linha fazem meses.Acho que a blogosfera assustou-te. Tati não escreve deste Janeiro. Tati y Ana não escrevem mais. Mojeres, mujeres, mulheres, não escrevem mais.


Silversun Pickups - "Lazy Eye"

Metric, "Twilight Galaxy"

"And I"

Portugal The Man "Colors"

domingo, 17 de maio de 2009

Hoje, a cidade de Paris amanheceu ouvindo Lenine. A rádio parisiense ama um tanto mais além da fronteira. Em São Paulo amanheceu frio e pessoas faziam curta-metragens na praça Rotary. Na Vila Buarque tudo calmo, mas a vida continua pulsando na cidade grande. Da janela do estilista, um lustre iluminava a sala ampla e aquecida. No apartamento da escritora, cinzas de cigarros espalhavam pelos cantos. E na coberturazinha, uma música tentava preencher os espaços vazios, chamando a atenção dos vizinhos. Enquanto o relógio da Catedral da Sé acordava o centro antigo, paulistanos corriam às padarias para tomar seus cafés matinais. Já era tarde. Agora é tarde. Na cidade parisiense, lêem livros, tomam-se vinho e acendem cigarros. Jogam conversa fora. A poesia nasce da observação do cotidiano. A palavra escrita diferente da palavra dita. Que é muito diferente da palavra musicada. O dia em São Paulo amanheceu às cinzas, depois ganhou cores alaranjadas e vermelhas, ficou azul e acabou negro. Igual asas de besouros. A noite agora é silenciosa e as luzes dos apartamentos ainda estão acessas. Logo a 2a.feira começa. E a cidade parisiense inicia-se mais uma jornada. Igual São Paulo. Igual todas as cidades do mundo. Mudam-se de endereços. E pessoas mudam seus códigos e idiomas. Mas parecem estar sempre sozinhas. Sempre insatisfeitas. Como distantes numa ilha. E Paris parece ser mesmo a cidade que ouve Lenine e Gil. E Paris parece mesmo ser uma cidade magnífica. Cidade para turistas, cidade para estrangeiros. Igual São Paulo e todas as outras cidades turistas. Não se sabem mais quem é mais turista, a cidade ou o cidadão viajante. Ambos turistas, perdidos no meio do globo, no meio do mundo. Amanhecemos e adormecemos e somos sempre os mesmos outsiders, viajantes, distantes, sempre longe. Longe do sol e da lua. Próximos do nada. De nada.


Iberê. Inesquecível. Impressionante.



E a fundação Iberê Camargo :


Entrevista com Álvaro Siza (Arquiteto)



quarta-feira, 13 de maio de 2009

Olá. O poema que você ouviu no meu mp3 é este :

http://apodiforme.blogspot.com/2009/03/minha-cabeca-estremece.html

Mande pro teu avô. Apesar que eu acho que você deveria entendê-lo. Tem coisas que são atemporais. Não incomode com isto. Um dia todos seremos velhos o suficiente para ter vivido tanto, e imaturos por ainda acreditar que não sabemos tanto mais do que um ingênuo.

Eis uma poesia que me bateu como uma parede bruta, fiquei zonzo, bobo, e tanta coisa entendi. É impossível não emocinar-se diante de tanta beleza.

Isto é no teatro : 1a. lição

Eu sinto falta do teatro. Não mais como platéia. Pois, isto faço como hábito religioso. Contudo, é participando que necessito. Estar lá no meio, lambuzando daqueles jogos, criações, falas, gestos, excessos e economias. Deste sobejo que tanto necessito. Daquelas horas passadas num espaço de teatro não tem como medi-las. É tudo sentimento. Os jogos em grupo, os desafios individuais, as semânticas possibilidades de dizeres oriundos das palavras elaboradas ou improvisadas, os estudos, o mergulho na vida dos personagens, chafurdando seus mínimos vestígios e possibilidades ... O infinito no teatro me atrai. E admiro quem por ali consegue viver muito mais do que só aqueles minutos possibilitados por alguém que paga ingresso e torna-se platéia. É uma profissão difícil. Eu sei. E não pretendo dedicar ao teatro como profissão. Minha busca é pessoal. E por isto mesmo, tenho pouco tempo para dedicar. Mas sei que tenho a vida toda pela frente e posso pesquisar com calma. Não tenho sede de urgência. Meus fantasmas ainda não me assombram a ponto de gritar socorro. Sigo tranquilo. Só tenho a dizer que sinto falta. Sinto também a falta dos raros amigos que por lá conheci e pude aprender. Sinto falta da vóz dos professores, das críticas e dos elogios. No teatro é tudo tão simples e, ao mesmo tempo, complicamos tanto. Eu queri ter passado um período de minha vida num espaço de teatro que tem muito próximo de casa. O espaço do Antunes. E isto é tão difícil. Eu sei exatamente quando este senhor chega ao teatro e quando vai embora. Também, neste mesmo espaço que fica praticamente a 50 metros do prédio em que vivo, a Fernanda Montenegro estará apresentando um monólogo. Chama-se "Viver sem tempos mortos". Será um privilégio quase inenarrável poder vê-la todos os dias. E mais do que apenas durante os espetáculos (comprei vários ingressos e foi uma disputa insana), creio que poderei casualmente vê-la noutros momentos. Não planejo nada. Deixo acontecer. Estas pessoas são modelos de inteligência e elegância, de decência e caráter humano. Fernanda é uma das mulheres mais elegantes que pude ter conhecimento, mais do que um ícone, uma grande pessoa. E que muito admiro poder vê-la dedicando por tanto tempo ao teatro. Num país como Brasil, onde a cultura é algo de muito difícil acesso e disseminação, viver de arte torna-se algo sobrehumano. Mas isto é uma outra questão que aborda tanto este lado cultural do país, quanto social e filosófico. Eu precisei fazer um esforço muito grande durante minha vida inteira para quebrar inúmeros pré-conceitos que alimentava diante de tudo que fosse diferente do convencional. E hoje o convencional me espanta mais do que o diferente. Eu aprendi a ver a beleza nas diferenças. E vivemos num país plural, de diferenças, de estranhezas. E muito me espanta agora um olhar cético e concervador. Eu hoje fujo do conservadorismo, do tradicional, e isto me faz mal. E que é diferente do clássico. Como o próprio nome diz : clássico! Que é diferente falar de uma obra tradicional e outra clássica. E isto é válido para todos os meios comentados, desde o lado sociológico, filosófico até o artístico. A arte não exige barreiras, preconceitos, ela é o oposto e ela é fruto do desenvolvimento e avanço humano. Por isto a pintura do homem sai das cavernas primitivas e chegou hoje as galerias sofisticadas, ao design moderno das traquitanas tecnológicas, ao organismo humano. Hoje, uma armação de óculos tem tanta tecnologia quanto um aparelho celular. De diferentes aspectos, mas são objetos que evoluíram ou são frutos do que existe de mais sofisticado. E por isto acho que o comportamento humano deve mudar também. Abandonando e rompendo laços com uma tradição que de nada tem a ver com o mundo moderno e globalizado. O homem ainda continua indivíduo, complexo, e querendo ora viver em sociedade ora isolar-se. É um exercício difícil de vivenciar estes jogos do humano, estes mimos e defeitos de "software" que nosso intelecto e espírito nos pregam. Os maiores problemas do homem ainda continuam sendo a ganância, a sede de poder e a inveja. E muito próximo destes defeitos existe a falta de humildade, aquele momento que reservamos para assistir a nós mesmos. E quando nos vemos no espelho, olhamos para nossas almas, vemos o quanto somos precários. E se propomos a melhorar este lado precário iniciamos um processo de aprendizagem sobre nós mesmos e começamos a andar rumo adiante. Rumo ao que podemos chamar de dar nova vida e ruptura para um novo indivíduo. Podemos morrer e nascer quantas vezes quizermos. Ninguém é de ninguém mesmo. Se algo nos incomoda, teremos que dedicar a mudar este algo. Se é alguém, devemos dialogar, conversar, buscar entendimento. Temos inteligência para isto. Fomos educados para isto. No final das contas, sempre olhamos ou para o nosso passado ou para o futuro. Poucos são aqueles que fixam no presente. E é neste presente que estão os problemas e as soluções, as angústias e as felicidades. No teatro aprendi a ouvir um pouco mais da minha vóz interna. E isto foi excelente. Foi um grande passo. E descobri personagens dentro de mim que são incríveis e outros detestáveis. E cada um deles tem vóz própria. O que é mais engraçado. E um deles em especial agora está me pedindo para escrever um texto. Não sei o que vai dar este texto. Mas estou juntando as peças e elaborando um quebra-cabeça. Vai ser um belo desafio.

Parenteses. Eu queria fazer um filme. Certamente, minha mente é muito audio-visual. Tenho pensado nisto como apenas divagação. Uma linha tênue entre Peter Greenway e Ingmar Bergman. Talvez, muito diferente. Seria uma noite apenas. Uma noite estupendamente milionária, com cenário milionário, algo de se fazer apenas uma única vez. Algo jamais visto enquanto praqueles 60 minutos de êxtase, deste arrebatamento do espírito diante de tamanha grandesa. Mas seria só um sonho. Inconcreto. Surreal. A indústria não banca mais filmes assim. A última película que vi e podemos dizer que foi um luxo pro cinema contemporâneo, fostes um filme de Alexandre Sokurov. Chama-se Arca Russa. Este sim, é algo que admiro. Transpor 3 séculos pruma película e daquele formato. Aqueles movimentos de cameras, o ator protagonista (quase um fantasma) com tamanho expressionismo e realismo. Complexo, refinado, sofisticado, ousado e inteligente. Se uma pessoa pode ser tudo isto e um pouco mais, Sokurov superou. Acho que pra minha geração isto é impossível. Não tive tamanha educação e volto a pôr os pés no chão. Sinto hoje o impacto deste lado cultural, de não ter vivido guerras mundiais, de não ter vivido num continente mais maduro como o europeu. Já ouvi e concordo, temos que aprender a entender o homem latino, daqui da américa do sul. Quem sabe, um filme de grande magnitude não necessitaria de luxo e grandesa. A sapiência não é propriedade apenas dos encastelados.


domingo, 10 de maio de 2009

Geração Coca-Cola, Renato pensava adiante do teu tempo.

Qubo : alla perfezione (tô tirando chapéu pros Italianos)

www.fiatqubo.it

Que droga, que inveja.

Ainda continuo tentando gerar fractais mais interessantes do que aqueles comentados (e realizados) em post passado. O foda é que ando programando em linguagem C e usando como "artifício?" e suporte um legado do Unix chamado Motif. Que é a parte gráfica do sistema operacional Unix. Acontece que eu não programava tinham anos, quase década. E isto é um tanto desgastante pra mim. Meu cérebro já não tolera tanta informação e tanta concentração diante de linguagens de programação. Ainda mais quando o prompt é um cursor verde com tela de fundo preta. Eu não uso Linux, infelizmente. Na verdade, conheci o sistema operational Linux no ano de 1995. Quando fiz um estágio numa empresa que prestava serviços pra IBM da Alemanha e pra Sun americana. Os softwares eram desenvolvidos no Sul de Minas Gerais. Num dado momento, as máquinas da IBM que eram comodato precisaram ser devolvidas e a solução foi adotar o Linux. Arregacei as mangas para instalar 20 workstations (PC Intel rodando Linux) que seriam utilizadas pela equipe de programação. Depois deste episódio com Linux, fui trabalhar com HP-UX e AIX. E só voltei pro Linux depois que ele já havia sido consagrado. Ou seja, depois dos anos 2000. Eu fui pioneiro no uso e suporte ao Linux e nem sabia. Pudera. A gente surfa na onda sem nem mesmo ter noção de como a maré anda. Eu era imaturo e fazia parte do jogo dançar conforme a música. De volta aos fractais, eu ando tendo uma forte paquera com a realidade virtual. Visto que na adolescência eu sempre era fascinado por ela. No mundo moderno, à todo momento, estamos cercados desta realidade virtual. Se não for truques cinematográficos (vide trilogia Matrix), são as esperiências científicas. No meu caso, a realidade virtual me instiga a procurar soluções tanto no sentido da programação, quanto para jogos e traquitanas modernosas. Haverá um dia em que não teremos tantos trabalhos manuais e a mente de fato dominará tudo. Hoje, ainda precisamos de softwares para digitar textos. Como neste blog. Sendo que existem softwares que conseguem interpretar o que falamos e escrever numa página em branco. Softwares de reconhecimento de vóz. Atualmente, ando utilizando o gravador de vóz do meu celular para gravar meus pensamentos e idéias. É muito mais intuitivo. Eu tenho um celular LG modelo KF600D que responde ao toque de tela (touch screen). Não é um iPhone da vida, mas quebra um galhão. Já tive um blackberry, mas abandonei porque não conseguia mais largar ao hábito de ler tudo que mandavam por email. Já o LG tem um gravador que eu aciono com um toque apenas e vou gravando o que imagino ser interessante. Ao invés de anotar em páginas de cadernos de anotações, gravo em arquivo audio e quando dá eu saio ouvindo. Serve como secretária eletrônica também. Mas isto ainda não é realidade virtual. É apenas uma sofisticação da engenharia de software. Contudo, os algorítmos de reconhecimento de vóz são complexos. Daí, o porque dos softwares de reconhecimento de vóz para gerar textos são tão complexos e carregados. Pena que ainda não viraram moda. Com a morte dos jornais impressos (vide mercado americano) estão apostando nestas traquitanas como o Kindle. Que agora funciona com wireless e vc pode "baixar" ou downloadar textos dos jornais preferidos. Pena que só é válido pro mercado americano. Imagino. Será isto um passo ao tão sonhado mundo futurista? O homem já é moderno e tem mais de século. A arte provou isto com a descentralização, popularização e acessibilidade aos Museus, Galerias e afins. Com o século XX, a arte banalizou-se e teve seus motivos. Exatamente, porque deixou de pertencer somente as elites (Reis, Governos, Cleros, Ricos) e passou a tomar um aspecto mais de consumo enquanto arte moderna. Isto, pois, ao assumir novos suportes, novos meios mais baratos de produção, artistas com sede de comercializar suas obras, acabam por banalizar alguns meios e escolas. Por exemplo, a produção em série que conhecemos como reprodução. Assim como, os vídeos que são distribuídos em larga escala. E com isto vemos os meios digitais criados na web como forma de penetração sem prescedentes. Como o twitter. Aonde você for, o que escrever, todo mundo estará sabendo. Se isto é um pré anúncio de que a realidade virtual está chegando, que ótimo. Já existem casas totalmente integradas a sistemas de realidade virtual. E os carros avançam para serem controlados totalmente por software, sem necessidade do humano interagir mecanicamente (dirigir de forma convencional). Talvez, os impeditivos para tornar uma sociedade totalmente integrada com tal realidade seja o impacto psicológico e social destas novas tecnologias. Como os fractais que podemos chamar de arte e muitos não acreditarem. Não entenderem o formato e suporte. Mas são desenhos, de alguma forma, são desenhos. Talvez, não seja uma arte feita por humanos no aspecto do toque humano, de segurar um pincel ou caneta ou lápis. Porém, os fractais surgem através de algorítmos que são matemáticos. E a arte sempre foi matemática. Como exemplo, eu poderei comentar das esculturas de Sergio Camargo. Ao visitar uma exposição no Museu IAC, e tomar contato com várias esculturas dele feitas principalmente de mármore de carrara e belga (que acho um luxo), pude constatar do talento e do trabalho que o escultor teve para chegar aquele resultado. Sergio parece-me que ia até o último limiar da pedra para ter o resultado da curvatura. E o mármore é complicadíssimo. Exatamente, porque num erro de cálculo o que se está fazendo numa ponta pode trincar toda a outra ponta. De tão sensível. E este limiar tanto requer um conhecimento matemático ou técnico da arte de realizar uma obra em escultura. E eu ando muito interessado em trabalhos manuais, que requerem pouco uso cerebral. Mas quando pensamos na realidade virtual e nos fractais, os desafios matemáticos estão presentes. Mudamos o suporte. Porém, a matemática sempre esteve presente nas artes. A não ser uma arte intuitiva ou primitiva, ademais, penso que podemos ter o suporte da matemática como base. Eu encontrei uns fractaiss belíssimos aqui. Trata-se de um curso sobre fractais. E hoje está tão na moda estes desenhos cheios de curvas, aspirais, tudo isto vem da origem dos fractais. O meu exercício com programação é mais pelo fato de que gosto da interatividade com as tecnologias. Se estudarmos o software que faz carregar todo sistema destes nossos computadores, e eu uso um notebook, isto nos faz ver o quanto as tecnologias estão presentes. E o quando são matemáticas. E o quanto temos de realidade virtual presente neste momento em nossos meios também virtuais. Não duvido nada que softwares de busca na internet sejam carregados de algorítmos neurais. Que funcionam muito de maneira semelhante ao cérebro humano. E isto também tem como anteparo a realidade virtual. Eu dei um jogo pra minha sobrinha quando ela completou 09 anos de idade. É um jogo de realidade virtual. Compreendia em criar universos artificiais de comunidades de insetos, bichos inventados, e toda uma sapolândia de cidades de insetos e afins. Ela adorou aquilo. Ainda não tínhamos a febre dos The Sims. Que hoje ela usa com moderação. Porque é privada de uso do computador para não gerar muita dependência. De maneira geral, eu fico feliz de saber que as coisas estão caminhando a passos largos. Pois, 15 anos atrás ninguém imaginaria que a internet seria possível como é. E a democratização das informações (querem colocar os livros em bibliotecas online para uso indiscriminado). Se o homem chegou neste ponto de conscientização e contribuição para evolução de todos nós, poderá um dia acreditarmos que tudo isto também pode contribuir para uma melhor forma de vida social. Uma sociedade mais livre, justa, onde todos tenhamos acesso ao que merecemos. E não para cada peso uma medida. Se o mundo permite a internet avançar muito mais que qualquer coisa já criada pelo homem, porque as leis e direitos humanos não fazem o mesmo? Será que o item "comércio" e "lucro" ainda é o norte para as civilizações modernas? Só para terminar, encontrei no meio da minha bagunça de livros um livro que está esgotado : "Caligula", do Allan Massie. Eu vi a peça do competente Villela e muito gostei. E Caligula foi um visionário ao permitir reeditarem livros proibidos na tua época, assim como, perdoando endividados. Foi tido como louco, como qualquer visionário atemporal. Hoje, dizem que o Kindle como produto pode fracassar. Assim como, dizem que o twitter não servirá para grandes coisas. Porém, este último é fenômeno. Parece-me que tudo tem um ciclo ora duradouro e ora não. E o que determina o ciclo das coisas é algo um tanto complexo de se definir. A única coisa duradoura nos meus hábitos ainda é o uso do jeans que desde muito menino tenho vestido. Fora isto, muitas coisas já passaram por mim e perderam-se. Algumas eu sinto falta e outras nem mais. Talvez, um dia muitos sentirão falta dos textos impressos em papéis. Eu sentirei.

PEQUENA FÁBULA

— Ah! — disse o rato —, o mundo vai ficando a cada dia mais apertado. No começo, era tão grande que me dava medo, depois comecei a andar e me sentia feliz com o fato de que finalmente via, à distância, à direita e à esquerda, muros altos surgindo, mas agora — e nem passou tanto tempo desde que comecei a andar — esses longos muros convergem tão rápido um ao encontro do outro, que já estou no quarto do fim do percurso e, naquele canto, já vejo a ratoeira em que vou cair.
— Tu precisas inverter o sentido da marcha
— disse o gato, devorando-o.

Franz Kafka
(tradução livre a partir de diversas traduções)

sábado, 9 de maio de 2009

Eagles of Death Metal

Subject: A era Bon Jovi acabou. Do hard rock de antigamente, pouca coisa restou. Do pop rock, U2 ainda é muito bom. E que bom que eu ouvi muito pouco de Rolling Stones.

Sinópse : Josh Home
O que eu estava dizendo mesmo?

Okay. O Gênio Josh Homme (que já participou da banda cult KYUSS, de stoner rock) e atual líder da estupenda QOTSA, lançou um disco em parceria com Jesse Hughes : Heart On. Disco lançamento fodidamente bom. Trata-se do projeto/banda EAGLES OF DEATH METAL. E que de heavy ou death metal não tem nada. Contudo, influências diversas e que trazem alguns aspectos das bandas anteriores de Josh Homme é notório. Talvez, pelo timbre de vóz (quando canta) e pela sonoridade meio garage band da Eagles. Com um som complexo, devido ao uso de diferentes distorções de guitarras, efeitos que assemelham a sintetizadores, ruídos, uma bateria que mais do que cozinha é uma discoteca, a banda empolga. Se Mick Jagger não pertencesse ao século XX, provavelmente, neste novo milênio ele iria querer fazer algo como fazem estes caras do Eagles. Os clipes são divertidos e a banda trás uma atmosfera enriquecida deste lado do humor, do deboche, da inteligência acima do clichê e que faz do disco uma raridade diante de tantos lançamentos repetitivos, imaturos e em série. Tem uma canção que muito me lembrou The Cure, chama-se "Now I´m A Fool", que disponibilizo o vídeo na sequência. Mas o que tem a ver The Cure com esta banda de Josh? A canção fez lembrar de longe um The Cure carregado de sonoridade californiana. É isto. A capinha do Cd é toda de papelão, carregada de vermelho e o interior idem, com fotos engraçadas e um encarte recheado de letras, mais fotos e afins. Claro que esta turma toda bebeu muito de Tom Waits, o cara top of mind da música alternativa californiana.

"Now I´m A Fool"


Anything cept The Truth, esta abre o disco

This Lullaby- Queens of the stone Age

Ato público contra o AI-5 Digital


terça-feira, 5 de maio de 2009

Ainda no ano do Brasil na França, um amigo meu que morava em Grenoble mandava vários correios eletrônicos contando coisas engraçadas da distante Paris que tanto achamos ser graciosamente bela. Nem sempre sendo tudo aquilo que os livros de Dan Brown narram. A Paris é uma cidade acima de tudo voltada ao turismo, ao bem estar e diferentemente de tudo daquele país. Numa das visitas ao cultuado "Favela Chic", ele topou com uma turma de brazucas (como somos conhecidos por lá). Entre tais brazucas estava a Dani Carlos. E ele nem conhecia a cantora. Eis que a confundiu com a equipe de brasileiros responsáveis pela organização de toda aquela festa. Até entender que estava diante de uma cantora que tinha vendido mais de 500 mil cópias de discos no Brasil, ele teve de voltar várias vezes no Favela ou entender um pouco mais dos fenômenos daqui debaixo. Pois é, quando cantaram a bola pro cara que tratava-se de uma Star Brasileira, ele quase teve um troço. Voltando ao Brasil, saiu carregado com os discos da Dani. Tanto para ouví-los quanto para presentear amigos franceses. Este meu amigo é muito engraçado e sendo uma conexão minha com a Europa. Afinal, eu jamais pus os pés naquele continente. Minha aventura ainda está restrita entre América do Sul e América do Norte. Aliás, já fazem 7 anos que não arrisco uma nova viagem internacional. E a próxima parada será a Itália. Eu sou bisneto de italianos. Meu bizavô era um Padre Italiano que veio pro Brasil no início do século XX junto com minha bisavó italiana e um casal de filhos. Meu avô foi batizado aqui como filho bastardo e nas certidões constam que o Pai dele era desconhecido. Tudo isto foi uma decisão da minha bizavó para assegurar a reputação do meu bizavô. Que continuou sendo Padre aqui no Brasil. Existe uma igreja na cidade de Cachoeira de Minas onde meu bizavô (Padre) pediu para ser sepultado sob o açoalho. Eu tenho a certidão de óbito dele e nela consta deste testamento. Assim como, fiz uma visita in loco na Igreja e constatei do fato. Faz alguns anos que a Italia ronda meus pesadelos e sonhos. E sinto que é uma vontade quase inenarrável de conhecer toda história dos meus antepassados. E este meu amigo que vive na Europa, de certa forma, tornou-se um link mágico por conta desta minha vontade de viajar para lá. Não saberia dizer quanto tempo conseguiria ficar. Talvez, o quanto o dinheiro der. Talvez, uma possível recolocação ou expatriamento numa estratégica de viver um tempo fora. Mas é tudo tão difícil. Pelo menos, a viagem enquanto turista acho que dá pra garantir em breve.
Abaixo, uma ótima música e cantada por esta nossa star.


danicastdemoreel