quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Presente da Cosac : Flores aos leitores.



Mario Bellatin é hoje um dos escritores mexicanos de maior projeção nos circulos literários latino-americanos. Além de escritor, tem formação em Cinema pela Escola de Cuba. Em 2007, Bellatin esteve em São Paulo para participar da Balada Literária - projeto idealizado pelo escritor Marcelino Freire. Recentemente, a editora Cosac Naify lançou este belo livro "Flores" em lingua portuguesa. O livro ganhou uma edição curiosa : dentro de uma embalagem plástica de cor prateada tem-se um miolo do livro. Ou seja, não tem capa dura. O prefácio, escrito por Joca Reiners Terron, vem solto, em papel de cor verde, destoando do livro. A obra toda, formada por narrativas curtas, de pequenos contos com nomes de flores, aborda universos distintos de seres humanos solitários, diferentes. O próprio Mario, que utiliza uma prótese no teu braço direito, é um pouco destas histórias, destes seres complexos e tão diferentes. Um livro formidável e gostoso de ler. Que agora está disponível no link da editora para download da versão em PDF :


http://editora.cosacnaify.com.br/ObraSinopse/11321/Flores.aspx

http://www.cosacnaify.com.br/

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Juliana Galdino


"Entrevista de Armando Antenore, editor-sênior da revista BRAVO!, com Pedro, o Vermelho, um macaco que se transformou em homem. Interpretado pela atriz Juliana Galdino, Pedro é o protagonista da peça "Comunicação a uma Academia", baseada em texto de Franz Kafka. A entrevista integra a seção "Máscara", publicada mensalmente por BRAVO!. "

Uma estupenda atriz em um trabalho brilhante. Fiquei estupefado. Pois, assisti ao espetáculo, de um extremo refinamento artístico, texto inteligente, interpretação ousada e cativante. E voltarei inúmeras vezes para rever. Algo imperdível.

http://cafenoiraugusta.blogspot.com/


terça-feira, 20 de outubro de 2009

Cowboy Junkies - Sweet Jane



Anyone who's ever had a heart
Wouldn't turn around and break it
Anyone who's ever played a part
Wouldn't turn around and break it

Sweet Jane -2x
Ah, sweet, sweet Jane

Waited for Jimmy down in the alley
Waited there for him to come back home
Waited down on the corner
Thinking of ways to get back home

Sweet Jane -2x
Ah, sweet, sweet Jane

Anyone who's ever had a dream
Anyone who's ever played a part
Anyone who's ever been lonely
Anyone who's ever split apart

Sweet Jane -2x
Ah, sweet, sweet Jane

Heavenly wine and roses
Seem to whisper to me
When you smile

Heavenly wine and roses
Seem to whisper to me
When you smile

La, la, la, la...

Sweet Jane

Letras aqui.

sábado, 17 de outubro de 2009

Tia Alice voltou ....



Check My Brain (novo single)


Pra matar saudades, Hollywood Rock 1993 - Rio de Janeiro

Gostei do novo vocal William DuVall, apesar de ser fã de Layne. Depois deste hiato de mais de 12 anos, a banda volta com força e brilho renovados. Quem sabe, tenham planos de voltar ao Brasil.

Roberta Campos - Quando Se Lembrar de Mim


http://www.myspace.com/robertacampos

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Ainda na balada ? O melhor do trance ...

http://www.youtube.com/watch?v=VFuLa0yAvoc

Puma & Adidas


Sobre Puma & Adidas :

"
- Não fosse a Nike, a família Dassler teria as duas marcas de calçados mais valiosas do mundo.
- O mais legal da história do Pelé fazendo marketing para a Puma é o seguinte. Dizem que a Adidas fez uma proposta para ele, uma vez que o Rei já jogava com chuteiras da marca. No entanto, a Puma ofereceu mais dinheiro e Pelé fechou o acordo. Acontece que ele já estava com uma chuteira da Adidas amaciada e não queria correr o risco de ganhar calos com um calçado novo. O que fez? Pintou a sua chuteira Adidas de preto, sumindo com as três listras. Depois pintou uma listra branca sobre o fundo preto, que na época era o que identificava a marca da Puma. Ninguém percebeu. Pelé fez marketing para a Puma, mas na verdade jogou de Adidas. "
Webinsider

Realmente, Pelé deve ter ficado milionário com todas as campanhas juntas e pelo que se pode deduzir de faturamentos. Enquanto Maradona, com seus quilates de ouro e diamante forrando seus relógios e anéis, mergulhava a fuça, vocês sabem aonde. Mas, são atletas queridos, fizeram histórias com o esporte.

De todas as marcas de atletismo, a que mais tenho apego é Nike. Mesmo sabendo de todos os escandalos que abarrotaram as manchetes nos anos 90. ( Puta merda, estou tentando acessar o site da
Livraria Cultura neste exato momento e está fora, estou de queixo caído três vezes). Bom, queria acessar o site apenas para dizer que eu tenho o livro "NO LOGO" , da Naomi Klein. Livro que aborda escandalos internacionais das multinacionais de peso, gringas principalmente. Desta não se salvam muitas não. O livro foi um soco no estômago de inúmeros mega conglomerados de empresas e seus empresários famintos por lucros robustos e pouca sensibilidade digamos ético-social-cultural-antropológica-multinacional&humana. Eram as vezes dos países pobres que abrigavam fábricas sem escrúpulos na fabricação de produtos que seriam consumidos em países de melhores condições de vida. Por exemplo : pares de tênis produzidos em países pra lá de pobres, por adolescentes sem terem atingido a maioridade e trabalhando mais de 14 horas por dia num ambiente insalubre e ganhando à um custo de centavos da hora para que o produto chegasse em Shopping Centers forrados de grifes à um custo de mais de 100 dólares. Principalmente, para vestir os pés de uma elite que pouco se importaria com o futuro destes jovens pobres e escravisados. Deu no que deu. O livro foi sucesso de vendas. Eu lembro que meus amigos da pós em Marketing que fiz, todo mundo estava lendo. Ao mesmo tempo, eu trabalhava em uma empresa gringa e no ônibus fretado que pegava, até o pessoal do RH torcia o nariz com a capa do livro. Mesmo sem terem lido uma linha (e acho que só teriam tempo pra ler Harry Potter por modismo mesmo) falavam mal da obra. O livro é algo indispensável no estudo até "antropológico" das empresas. E claro que artistas caíram de boca no livro. Do cinema ao teatro, da música a pintura, existem inspirações que vieram deste livro. Que foi um balde de inspiração e material de sobra pra que todos entendessem um pouco mais do que seriam os anos 90 e seus escandalos. Justo a última década que antecederia este novo milênio. Claro, dei esta volta toda só para tentar ilustrar o exemplo da Nike. Empresa que soube dar uma reviravolta e acabou de novo por cima. A mais visada, odiada, amada, a mais lucrativa e maior dos esportes. Okay, tudo bem. Vamos lá. Entre as três, eu gosto do apelo da Puma. Pena que no Brasil, até por "força maior" tentam elitizar o produto. Um mesmo short de corrida (dri-fit), que custa meros 80 reais em média das marcas Adidas e Nike, os da Puma tem que custar o dobro. Vende-se menos, com um preço mais caro. É justo isto ? Claro que não. Tentar elitizar uma marca global só para felicidade da burguesia brasileira. Porque os milionários compram seus produtos nos USA ou na Europa. Já que passam a maior parte do tempo viajando e é mais chique ainda trazer lá de fora. Uma vez que a exclusividade aumenta. Eu não me importo comprando aqui ou acolá. Tem um amigo meu que usa Armani. Tudo bem, cada um sabe onde aperta o sapato. Sigamos em frente. O Brasil historicamente tem esta coisa de admiração, aplauso, riso, de achar que a grama do jardim do visinho é mais bonita. Por isto mesmo, criou-se esta coisa de "importar" conceitos. E os pioneiros se gabam. Foi assim com vários esportes. Agora, parece que a próxima moda serão as Ultra-Maratonas. Corridas de 10km virou arroz com feijão. Tem tantas e correm tanta gente que mais parece desfile de escolas de Samba. O pessoal não sabe se corre, se exibe as tecnologias, se faz tchauzinho ou para pra posar para fotos. E tudo porque estão participando de uma corrida, menos correr. Quando sobe para os 21km a coisa aperta um pouco mais. Diminui-se 60% dos participantes. O que eram 20 mil corredores em 10km, diminui-se para 8 mil numa meia maratona. Ou até menos, dependendo da dificuldade da prova. E quando chega-se numa Maratona, aí o índice despenca. Já as ultramaratonas, o nível é outro, 500 pessoas em média. No máximo mil. Mas o número vem aumentando. Igual para Duathlon (corrida e bicicleta) e Triathlon (natação, bicicleta, corrida). Contudo, para fazer Duathlon ou Triathlon não basta apenas um par de tênis e um conjunto como das marcas campeões mundiais sitadas acima. É preciso dedicar muito tempo por semana em treinos, ter vários equipamentos e muita disciplina. Coisa que só na corrida não é tanto exigido. Conheço gente que treina pouco para fazer meia-maratona e faz. Os riscos pra saúde nem quero citar. Mas no país do Carnaval, exageros fazem parte. Inclusive, pagar o dobro por um produto só porque é elitizado. Exageros fazem parte. E dos exageros, os empresários agradecem. Os anos 90 serviram de lição. As coisas mais tristes que me aconteceu nos anos 90 foram : a morte de um ídolo Kurt Cobain, foi brutal ouvir nos noticiários como ele havia morrido. Na verdade não foi apenas as drogas e a depressão, a indústria colaborou, precionando brutalmente o cara a produzir shows, discos, etc. Ganância. Depois, quando meu pai perdeu emprego numa multinacional de calçados esportivos. Outro golpe. E por quê ? Porque estavam perdendo terreno em galopes para as empresas asiáticas (lembram dos Tigres Asiáticos? Ainda bem que caíram feio). E claro, o Plano Collor, que fodeu com a poupança da família. Toda grana que eu iria precisar para pagar estudos particulares (queria fazer Medicina e depois especializar em Psiquiatria) foram por água abaixo. Deu no que deu, primeiro tentei fazer Engenharia e desisti. Não gosto tanto assim de exatas. Fui acabar na Análise, mas de Sistemas. Pois, tinha contato com microinformática desde os 12 anos de idade. Então, achei mais econômico e prático. Uma vez que não precisaria pagar pra ter consultórios. Meu consultório poderia ser qualquer laptop. Mas, não desisti da psicanálise. Quero ainda poder cursar. Os anos 9o foram fodas, ruins. Eu tornei cara-pintada. Não voto nunca mais naquele sujeito. Se os anos 80 foram depressivos (pro jovem Europeu, entenda-se) e que repercutiu no Brasil, que somando-se com o fim de uma Ditadura Militar, tivemos épocas ruins. Os anos 90 foram os anos que ao mesmo tempo sugeriam desenvolvimento, também eram suscetíveis à erros e muitas falhas. O mundo globalizou com os anos 90. Vieram os dopings em alta escala nos campeonatos mundiais. Eram erros em todas as partes. Ao mesmo tempo, foi talvez o período que inúmeras empresas mais abriram escritórios mundo afora. E tudo por conta de maior crescimento e mais lucros. Nike Adidas e Puma são gigantes, globais, não deixam dúvidas. Se peguei apenas 3 marcas como exemplo, imaginem o resto, de empresas de lampadas para faróis de carros até turbinas de aviões. É indubitavelmente sedutor olhar como as empresas são diversas, inúmeras, complexas. E todas vivem graças ao capital humano, ao capital intelectual. Ainda tão pouco valorizado. Só as empresas que possuem legado internacional amadureceram este olhar e cuidado para o capital intelectual. Ainda vemos empresas tratarem funcionários como números. Eu pergunto, como Puma, Nike e Adidas conseguiram tal feito sem deixar de olhar seu capital intelectual ? Jamais. Jamais chegariam onde chegou e daqui adiante. Eu gosto das três empresas. Produzem material de excelente qualidade. Por vezes, acho até engraçado encontrar uma Madonna que só usa Adidas, um atleta de Puma ou uma celebridade nacional de Nike. Faz parte. Assim como, faz parte da publicidade da empresa ter tais ícones vestidos com seus produtos. Entendemos. Só não gosto dos exageros. E existem marcas que exageram na dose. O que eu mais detesto são estas coisas de "saborear" produtos em supermercados. A primeira experiência que tive foi em Buenos Aires, era 1998. Entrei num supermercado umas 18 horas pra comprar um vinho. Logo, fui abordado por jovens garotas servindo um espumante chileno. Provei e não gostei. Mas achei inovador aquela abordagem. Anos depois, a moda chegou no Brasil. Quando estive na Califórnia e ziguezagueando entre Universidade de Stanford e San Francisco, não vi nada disto. USA é um estado forte, e calejado. Imagine se você toma um suco de amostra num supermercado, depois, sente-se mal e processa o fabricante ? Claro que existe bom senso. Eu faço bolhas no pé sempre que corro mais de 21km. Mas faz parte. Não faz sentido processar empresas porque o tênis fez bolhas no pé. Assim como processar fabricantes por conta dos selins de bicicletas que esfolaram o traseiro. Vai do bom-senso de quem usa, de como usa. Estes dias peguei lendo um último romance de um escritor que admiro. Mas andei meio devagar com a leitura. Peguei vários erros ortográficos, de gramática. Acho que foi um erro grave da Editora, numa segunda revisão poderiam ter percebido e retirado. Não entendo estas pressões do mercado. Quem paga o pato no final das contas é o consumidor. Igual TV Paga. Um produto que existe faz mais de 20 anos neste Pais, e só está ficando cada vez mais decadente. DE-Ca-Den_te. É horrível, aumentam-se os custos, a tecnologia torna-se defasada e o consumidor é tratado com desigual. Como se fôssemos obrigados. Eu tentei cancelar uma assinatura estes dias e taxaram uma multa. Claro que eu não paguei multa. E claro que vou ficar mais uns tempos com a tal tv paga. Mas só por poucos meses. Não suporto pagar por algo, sabendo que milhões pagam o mesmo, e somos tratados com desinteresse, descaso. Meu sinal pega ruim na maioria das vezes, justo os canais que eu mais gosto, e sou obrigado a pagar fatura integral. Porque o mundo dos serviços é tão precário ? Enquanto o mundo dos produtos são impecáveis ? Se vc vai numa loja e vê uma calça com as custuras sobrando vc não compra. Diferentemente dos serviços. Primeiro, que com serviço é muito mais fácil mascarar as coisas. Mas pode-se perceber com maior atenção aqueles usuários mais atentos. No final das contas, vivemos em ciclos, fases, ora ditaduras, ora experimentalismos. Se as coisas melhoraram, não restam dúvidas. Mas somos muito ruins ainda. A indústria evoluiu, a sociedade idem, o Homem diante da Natureza, de Deus, do Mundo, tem tanta coisa pra melhorar. E que ótimo. Pena que o que deveria ter melhorado e ainda não, o que fazer ? Deixar de lado por uns tempos. E ver no que vai dar. Só não troco os pares de tênis, enquanto não tiverem dando sinal de envelhecimento precosse.

Ps. : o site da Cultura voltou, depois de 40 minutos fora.

domingo, 11 de outubro de 2009

Como pude esquecer T.Rex ?



Pink Floyd - The Trial

Pink Floyd foi pra mim uma referência musical na minha adolescência. Eu sempre gostei de solos longos de guitarras, e de teclados esquisitos. Ouvia The Doors pela melancolia da vóz de Jim Morrison, assim como, seu estilo de vida, sua insatisfação com o mundo, sua poesia. Os teclados minimalistas de Doors eram incríveis. Outra banda que muito admirava foi Led Zeppelin. No entanto, ouvia Led mais pelo peso de uma banda de hard rock, da impressionante vóz de Robert Plant e o estilo de tocar de Jimmy Page. Destas bandas, poucas ousaram tanto com imagens da maneira como Pink Floyd fizera. Os clipes do Pink, sempre surrealistas, me traziam inúmeras interpretações. Estas bandas todas passaram por uma fase em que as drogas, o álcool e o cigarro eram coisas muito próximas. Principalmente, as experiências com drogas. E nos anos 70´s, o que pegava era o LSD. Estes vídeos surreais mais parecem uma viagem. Destas alucinações perturbadoras, que mais parecem uma bad trip, podem ter dado inúmeras inspirações tanto para letras, músicas, quanto experimentos cinematrográficos. Talvez, e certamente, até a moda revisou-se por conta dos estilos dos músicos e seus fãs. Imagens como vistas nos vídeos das tais bandas dizem muita coisa. É instigante imaginar como o cérebro humano funciona quando estamos sóbrios e quando se está sob efeito de algum alucinógeno ou algo que mude as sensações fisiológicas, mentais e psicológicas. Seriam as tais substancias psicoativas. Pra mim, ainda muito jovem, eram novidades bem vindas estas informações. As bandas, os vídeos, as diferentes gerações que elas representavam. Depois, vieram estilos muito mais simples e práticos como os punks, o grunge, o indie rock, dentre outros. Como não tinha mais alternativa para procurar tantas bandas de hard core ou de rock progressivo, acabei encontrando uma escora no Jazz. E não parei mais. Destas experiências sonoras todas, creio que o estilo de música que atualmente tenho ouvido mais está no eletrônico e ainda no Jazz. Estou numa fase muito instrumental e não tenho tido muita paciência para vozes. O rock parece igual nos últimos anos. O jazz vez ou outra tem umas misturas interessantes. E o eletrônico, raras vezes, pode cativar. De todos, a música eletrônica tem sido a mais comercial e ao mesmo tempo pobre de que tenho tido contato. Digo pobre porque de tão simples e banal, o que mais pode-se dizer ? Pra quem ouve erudito e clásssico, seria inconcebível aceitar a música eletrônica. E não estou falando deste tipo de eletrônico comercial que muito se ouve nas rádios FM´s. Mas do som experimental, não comercial, mais seletivo. Bom, estes dias passei ouvindo os discos do Four Tet, com ritmos que remetem a infância, adolescência e fases mais complexas e adultas. Temas diversos, ora densos e ora simples, cuja maioria das músicas são instrumentais. Depois, não satisfeito, revisei coisas do Cut Chemist. Outro grupo interessante. Que muito poderia estar presente em trilhas de filmes e até teatro. E aviso, não são bandas de eletrônico puramente, como dj´s "fazendo festas" com suas pin up´s. São músicos, que utilizam elementos do jazz, do samba, do eletrônico e até do rock para criar seus estilos e sonoridades. Daí, fazerem discos diferentes, criativos, simpáticos torna-se algo interessante para muitos consumidores. No final destas experiências, de pesquisas em acervos próprios por estes dias, tive a sensação de que não existirão mais bandas como Pink Floyd, The Doors, Led Zepelin, Queen. Por mais que procuremos identidades similares. Pode ser que existam novos Nirvanas, novos Gun´s, novas tantas coisas. O legado das bandas antigas dará o recado e inspiração à muitos. A arte que quanto mais envelhece fica mais interessante. E o mundo caminha, gira, muda, é a vida passando. E o cenário reduzindo, quase ao pó. Para um dia, quem sabe, brotar algo mais forte, ressurgindo das cinzas. E estilhaçando-se ... como explosivos. Por que é isto que a música deve ser. Tanto pode tocar a sensibilidade quanto incomodar.

Letra e tradução aqui : http://letras.terra.com.br/pink-floyd/92988/traducao.html

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

VMB live or die ...

A coisa mais bizarra do VMB ao meu ver foi Sandy (& Junior) e Derick (do Sepultura) anunciarem Marilyn Manson. Só mesmo no Brasil pra ter este tipo de coisa. Detalhe, eu detesto a vóz da Sandy e do Derick. Como músicos, eu passo longe. Já o Mr. MM acho que nem se importou com nada de nada. Nem mesmo com aquela platéia fake & plastic. Estava aqui por conta da sua turnê e dos teus fãs. Mas, como gosta de uma boa polêmica, foi dar as caras no VMB brazuka. Que de novidade não tem é nada. Depois deste ano, acho que à cada ano a coisa só degringolou, piorou, não tem mais apresentador que segure o ibope de manter-se no ar com empatia, humor e inteligência. Assim como, repertório de bandas. Cada qual mais ruim, a cada ano tudo piora e nada acontece. Contudo, sempre existe alguma pérola para salvar o jogo no último instante, é o famoso drible. E a cereja do bolo, desta vez, ficou com o Massacration com Falcão. E não é que ele, o brega mais chique do Brasil, sai da tumba do Faraó para se juntar aos metaleiros de araque? E o que era aquela cara do Erasmo Carlos na platéia? Será que ele estava entendendo? O rock pesado do Erasmo e suas roupas de couro na época do primeiro Rock In Rio fizeram tanto sucesso que os roqueiros de plantão do Queen e Iron Maiden ficaram espertos. Mas, naõ é que o Massacration além de teu humor non sense, prova que é uma super banda de heavy metal ? Gostei da guitarra fodástica que imita uma vassoura. Estou morrendo de rir até agora. Puta apresentação, curtam abaixo. (ps.: peguei a dica no blog do Humorista Falido).




Como fazer heavy metal ....


Amare se stessi è l'inizio di un idillio che dura una vita. (Oscar Wilde)

terça-feira, 6 de outubro de 2009

KT Tunstall - I Want You Back (Jackson 5 cover)


Abaixo, segue o original. Diga-se de passagem, ambas versões muito boas. Estou à espera do lancamento do filme, This is IT. MK está magnífico, vi algumas cenas. Se o cara não morresse, iríamos vê-lo em uma mega turnê de cair os queixos. Mas, é isto. Faz parte da indústria, uns se vão e outros ficam aqui lamentando esta vida. Suplicando um mundo melhor prum Deus de mentirinha. Não existe mundo melhor, a gente cria fantasias. Basta olhar a evolução, vivemos num mundo ao qual plantamos, cultivamos e colhemos nossos frutos. A violência, a pobreza, sempre irão existir. Talvez, a única coisa que pode mudar e a mentalidade das pessoas. Hitler queria formar uma raça pura. Por nossa sorte, que tudo acabou. E por nossa sorte, que os xiitas estão longes. Pelo menos de mim. Não suporto xenofobismos, radicalismos, extremismos, exageros filosóficos, religiosos, tudo ao excesso. Talvez, MJ não suportou os excessos deste mundo, os excessos de cobranças, e talvez, evaporou-se. Como um dia todos nós iremos sucumbir-nos desta vida. Não tenho certeza para onde os mortos vão. Ainda penso que é para debaixo da terra. Comidos pelos vermes. A única coisa que restará é a lembrança. E nada mais. Aqui se planta, aqui se colhe. Depois que morre, não acredito que exista vida. Não pode existir. Talvez, somente energias. Já acreditei em espíritos. Mas as vezes sentimos uma solidão tão profunda que afastam quaisquer espectativas. O homem nasceu para viver só, criou suas tribos, evoluiu para civilizações, com regras, leis, costumes, estados de poderes, religiões. O homem se sofisticou, modernizou, mas ainda não sabe muita coisa do além. Ou não sabe quase nada. Como eu não sei quase nada e menos um pouco que qualquer um que sabe um pouco mais, prefiro caminhar para o niilismo, para a cegueira, como Saramago e seu Ensaio e isolar-me numa ilha. Contudo, não bastaria, porque como disse Platão, somos inquietos, não estamos satisfeitos, e estaremos eternamente fadados ao questionamento de quem é o nosso criador e para onde iremos um dia. Só restam estas perguntas e sempre sem respostas. Esperanças são apenas consolos, a vida é dura. Requer disciplina, força e batalha. O resto são aventuras, sonhos, fantasias. E tudo é passageiro. "I Want You Back".


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Para Duncan --> Leilão Beneficente.

LEILÃO BENEFICENTE

Leilão: 05 de outubro de 2009, 21h
Visitação: de 02 a 04 de outubro
das 11 às 20h
Local: Rua Oscar Freire, 379 – loja 01, São Paulo - SP, Brasil
Tels: (11) 3062-2333 e 3063-4412
(Manobristas no local)


Participação dos artistas
Adriana Aranha, André Komatsu, Angelo Venosa, Anna Maria Maiolino, Antonio Dias, Artur Barrio, Artur Lescher, Barrão, Beatriz Milhazes, Bob Wolfenson, Cabelo, Caio Reisewitz, Carlito Carvalhosa, Cildo Meireles, Daniel Senise, Detanico & Lain, Ding Musa, Eduardo Muylaert, Emmanuel Nassar, Ernesto Neto, Evandro Carlos Jardim, Fabio Morais, Jac Leirner, José Damasceno, Leda Catunda, Lenora de Barros, Leya Mira Brander, Luiz Zerbini, Márcia Xavier, Marco Veloso, Marcos Chaves, Maurício Ianês, Miguel Rio Branco, Mira Schendel, Mônica Nador, Nuno Ramos, Paulo Climachauska, Paulo Pasta, Raul Mourão, Renata Lucas, Regina Silveira, Ricardo van Steen, Rivane Neuenschwander, Tatiana Blass, Thiago Rocha Pitta, Tunga e Vik Muniz.



Agradeço pelo convite recebido, de maneira que divulgo aos interessados. Eis uma ação nobre para ajuda ao tratamento do amigo que busca recuperação. Força e coragem para uma vida melhor.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Paolo Nutini --> una promessa del Rock.

Digo, não conheço a Itália. Apesar de ser neto de italianos e com árdua tarefa para iniciar a leitura de um livro novo que comprei : "a rainha albemarle ou o último turista" do Sartre, sobre suas andanças siguezagueando pela sua amada Italia. Eu sempre fuço coisas da Italia. Sendo um País e cultura donde se pode explorar histórias, assuntos, sem nunca acabar. Ainda assim, de uma elegância. Quanto a música idem. O rapaz da foto acima tem apenas 22 anos. É cantor. Musicalmente, sofisticado. E daí ? Ele está em estúdio com o produtor do ColdPlay. Está bom assim ? Vamos por partes. Quando ouvi a música Candy, tive uma amostra da potência e genialidade tanto da vóz deste jovem quanto de seu talento nato. Poderia cantar naturalmente em Italiano, mas escolheu Inglês (pelo fato de ter vivido na Inglaterra com teus Pais). Na primeira audição, imaginei estar ouvindo algum cantor antigo de soul, com aquelas características todas do folk, blues e do jazz. A sua banda, somada à toda ambiência, daquela vóz rouca, digo, lixada, meio Tom Waitts, um tanto Louis Armstrong, já deu para convenser de que estava diante de um talento e que em breve irá alcançar grandes massas. Eu não duvido do poder, da criatividade, do talento e da elegância do povo italiano. Considerando este fator, creio que a formação tenha a ver com as influências que forjaram o estilo dele. O rock apresentado no primeiro disco pode até dar margem para a fase setentista, aquele som meio hippie e que hoje está tão na moda. E até soa meio cult, podendo dizer despretencioso. O fato é que o som "caipira" americano tornou-se moderno por bandas como The Killers, Kings Of Leon que estão em cena. Antes, precisou vir a tona uma bomba atômica chamada Elvis Presley com seu rock regado a blues. E vieram vários outros. Não tiro mérito de ninguém. Apenas, creio no talento e no potencial de Paolo. E muitos outros jovens. Neste caso, é um sangue novo, que tem tudo para dar um upgrade no contexto geral - quase sempre arroz com feijão. Tipo programa musical de televisão, vídeo-clipes chatos e repetitivos, vitrines que mais parecem aqueles magazines. Entre um rebolado samba-pop-tecno suingue-sangue-bom e um rock dosado a distorção, acho que vou preferir a segunda opção, com direito a uisque e gelo. Por se tratar de Itália, dá um desconto né ... Mas o som garanto, é bom. Confiram na passagem abaixo.
Sunny Side Up


Candy