domingo, 22 de novembro de 2009

Alien Sex Fiend - The Impossible Mission

Há exatos 22 anos atrás, eu ouvia este som, Alien Sex Fiend. É uma banda britânica de rock gótico, com uso de sintetizadores e samples, guitarras distorcidas e vocais que lembram Iggy Pop ou Alice Cooper. Aliás, artistas que sempre influenciaram o som do ASF. Além do visual gótico, traziam capas de discos pra lá de anarquistas, com temáticas punks e desenhos incríveis. Existindo também o fato dos cenários de filmes de terror como referências. Como eu era muito adolescente, com 14, 15 anos de idade, esta banda soava muito diferente do resto das coisas que ouvia. Inclusive, o nome um tanto esquisito. Mas estas esquisitices todas dos anos 80, eu adorava. Pra variar, sempre tinha uma festinha de 15 anos de alguém, e todo mundo queria ouvir pelo menos uma música do Alien Sex Fiend. Pra quem não sabe, os sintetizadores e samples, os loops característicos, são conduzidos pela Sra. Cristhine Wade. Sendo esposa do vocalista, Nike Wade. A banda não tem baixista, são 4 músicos com funções básicas como : guitarra, bateria, sintetizadores e vocal. Talvez, pelo estilo e gênero, lembram uma banda mais famosa --> The Sisters Of Mercy. Variavelmente, disputavam os cassetes de meu walkman. Que na época era a tecnologia vigente. Hoje, quem conseguir mp3 destas bandas, sorte terá. Porque iPod foi a melhor invenção de eletro-eletrônicos deste início de milênio.





segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O melhor das duplas ...

Entre homens e mulheres, sejam artes ou temas afins, musicalmente sempre existiram duplas. Atualmente, não podemos resumir nisto ou naquilo. Quem sabe, referencias de gêneros possam existir. Mas, ainda acredito na fórmula das duplas roqueiras bem vindas surgidas nos últimos 10 anos. Que tal estas ? Ao que parece, a fórmula está dando certo. Do rock ao eletrônico, passando pelo folk e pop. Simples não ? Falar é fácil, difícil é fazer.

The ting tings - That's not my name



The White Stripes




The Kills - No Wow



Seether - "Broken" feat. Amy Lee


Agora, os clássicos ...

Eurythmics - Sweet Dreams




Roxette Dangerous




Blondie - "Shayla"



domingo, 15 de novembro de 2009

Crazy BreakDance --> então faça isto ...





Fila Night Run --> e a USP congestionada.


Imaginem 10 mil corredores dentro da USP tentando realizar uma prova noturna de 5km e 10km. Tudo certo. Imaginem que 50% dos corredores vão de carro, teremos 5 mil carros tentando entrar na USP em horário de pico. Mas é um sábado, e daí ? Daí meu amigo que São Paulo não tem dia para o transito parar. Todo dia é dia de congestionamento, de Domingo à Domingo. Ainda tem aqueles eventos como casamentos, festas, que costumam congestionar avenidas importantes como a Rebouças ou a Avenida Angélica. Aliás, tem um buffê (acho que é majoritariamente frequentado por conta de eventos de comunidades religiosas) que fica na Avenida Angélica - próxima da Avenida Higienópolis - e sempre causa tumulto. Todo mundo quer entrar e sair do recinto e os seguranças param literalmente a Avenida Angélica. Parece-me que a Prefeitura de São Paulo dá alvarás de licença para que estes lugares causem tais picos de lentidão no transito que já é ruim. Uma tremenda falta de respeito pra quem vai e volta do trabalho. Nada contra. Existem padarias e pizzarias em Higienópolis que também bloqueiam o transito. Já vi inúmeros carros da CET parados próximos de lugares como estes e não fazem nada. Não por conta do congestionamento, mas daí vem as businas, as pequenas batidas de carro, as famosas brigas de transito. No dia do blackout que ocorreu em SP e no Brasil, esta cidade ficou amargamente insana. Por sorte, já estava em casa. Por azar um Cliente teve problemas em sua infra-estrutura e me acionou para suporte. Por sorte, a NET havia voltado por volta de 1 hora da madrugada, e no dia do blackout não precisei sair de carro do centro de SP para viajar 40 km até o site do Cliente. Por sorte, a internet existe e alivia inúmeros transtornos. Mas fiquei imaginando como seria sair do Centro de carro, com tudo apagado e um bando de vandalos e assaltantes pelas ruas. Próximo de onde eu moro nunca havia visto gangues de crackeiros, estes viciados em Crack. Outro dia, a duas quadras da Santa Casa (aqui na Santa Cecília) haviam uma turma de cerca de 40 rapazes, crianças e moças consumindo a pedra. A cidade de São Paulo, principalmente o centro, está um caos, um horror, um abandono. Na rua em que moro, antigamente era reduto de travestis, que foram afastados não sei como. Hoje, é reduto de mendigos e usuários de drogas de todo tipo. Assaltam na região para comprar drogas. E está cheio de postos policiais, mas só agem "sobre denúncia" ou "em flagrante". Isto é, enquanto o suspeito vive nas ruas, não há problemas. Até que seja pego no ato em que está comentendo um delito. Não sei o que está ocorrendo, as ong´s que atuam no centro parecem que estão sumidas. Será que acabaram as verbas ? Debaixo do minhocão vêmos inúmeros moradores de rua e pequenos grupos estranhos. Não vale a pena chegar perto. Eu costumava correr no Elevado Costa e Silva (vulgo minhocão). Como fecha por volta de 22 horas, ele vira um excelente circuito pra quem quer correr. Mas, hoje em dia, devido aos usuários de crack que sobem lá em cima pra consumir as pedras e ameaçam qualquer um para praticas de delitos ou seja lá o que for, eu não vou mais. É simples, basta qualquer jornalista aparecer na altura do metrô Santa Cecília, por volta de 22 horas, e verá os delinquentes aguardando liberação do minhocão pra subir lá em cima. Certa vez, um destes aproximou de mim de maneira suspeita e um grupinho já foi preparando para também fazer um cerco. Havendo aproximadamente 50 metros eu dei volta e disparei num tiro de 1 km. Não vale a pena. Outro dia, tive de fazer um caminho pela avenida Ipiranga, ao entrar na praça da República, devido ao congestionamento, peguei uma rua próxima da Aurora. Não acreditei no que vi, uma turma de cerca de 50 pessoas, todas consumindo crack. Entre mendigos, gente aparentemente muito pobre, crianças, velhos, rapazes que aparentavam classe média baixa, todos usando crack e cocaína. O centrão de SP pela noite é pior que o cenário do Blade Runner. O filme que virou clássico. É chocante. Outro dia eu estava na padaria La Ville, em Alphaville. Eram cerca de 18 horas e ainda claro. Fui abordado no estacionamento por um rapaz pedindo para pagar uma marmita. Eu disse que estava indo na banca de jornal. Na saída, procurei o rapaz para tentar dar algo de comer a ele. Não estava mais ali. Entrei na padaria, e 10 minutos depois um rapaz entrou la dentro. Todo sujo, muito esquisito. O rapaz foi direto falar com um garçom, falou várias coisas e não dava pra entender. Nisto, veio um funcionário do estacionamento (que é terceirizado) e começou a falar bruto e em tom baixo com o rapaz. Veio outro funcionário. Em cinco minutos o rapaz sumiu dali. Lá fora, dava pra ver os funcionários do estacionamento acompanhando todos os rapazes até a rua. Há 10 anos atrás não existiam mendigos, pedintes em Alphaville. Hoje em dia existem inúmeros tipos e modelos de mendigos e pedintes. Estão em volta do centro comercial, em volta do Shopping e por aí vai. Numa das vezes que estive na padaria La Ville, na volta, eu estava ainda no carro e estava observando uma praça tipo calçadão em frente da La Ville. Alguns rapazes, com aproximadamente 15 anos á 17 anos, estavam fumando maconha. Não deu 10 minutos uma viatura da segurança local chegou e abordou os rapazes. Colocou todos de pé e fizeram uma blitz. Não sei o final disto. O que sei é que hoje em dia está muito pior a qualidade de vida em São Paulo. A segurança nas ruas piorou e o transito ficou um inferno. Pra quem anda nas marginais, a coisa é pior. Por exemplo, ir e vir de Alphaville (onde trabalho) é insanamente injustamente uma loucura. Não basta a Castelo Branco não pedagiada ser insegura (qualquer hum anda a mais de 120 por hora e quem anda a 90 por hora sofre o risco de ser "atropelado" por caminhoneiros insanos. Não basta isto, resolveram "reformar" a marginal não pedagiada para pedagiá-la. E justo no mesmo período em que (governo ou prefeituras) resolveram também aumentar o escoamento da Tietê e da Marginal Pinheiros colocando mais viadutos no vulgo Cebolão (cruzamentos das principais marginais comentadas). Outro dia estava de rodízio e tive de sair do trabalho as 15 horas para chegar em casa antes das 17 horas. Conclusão, mesmo pagando o pedágio fiquei meia hora parado no congestionamento por causa desta bifurcação por conta da obra de aumento da marginal pinheiros na saída da marginal Castelo Branco. Eu não sei mais em que político votar, em que político acreditar. Eu só sei que meu salário não obteve aumento para que justifique pagar do meu bolso o futuro pedágio obrigatório que terei de pagar na "nova" Castelo Branco pedagiada. Se falarem pra mim que não terei mais que ir até Barueri pra voltar pra Alphaville, perdendo 10 minutos e 10 km só pra fazer um retorno estúdipo, acho que poderá valer à pena. Mas isto é ilusão. Mesma coisa com o exemplo da USP, fazer corridas lá dentro é bom no marketing. Mas não existe uma forma de entrar e sair da USP sem congestionamentos. Não existe trem ou metrô por alí. Somente aqueles ônibus péssimos que carregam pessoas por um custo de 2.30 reais. O que é caro comparado ao preço do metrô que é muito melhor. No final das contras, como todo atleta busca qualidade de vida, acho que todo atleta deveria batalhar por uma cidade melhor. Caso contrário, existe a possibilidade de mudar para outras cidades ou estados. Da mesma forma que todo mundo paga imposto e merece ter uma cidade limpa, segura, acho que vale também a escolha. Num país que diz ser "emergente", onde novos milionários aparecem na lista dos mais ricos das américas, não adianta quererem viver em seus condomínios fechados e repletos de seguranças. O país que vivemos pode sim ser melhor, desde que as pessoas mudem suas formas de agir, de conviver com todos os problemas. As soluções existem, mas tem de se cobrar. E cobrança só existe quando se tem volume, alto índice de reclamação. Fazem isto com as empresas quando o serviço é ruim. Por que não fazem isto com os eventos ? Porque não boicotam eventos ruins ? Porque não boicotam políticos ruins ? Porque não param de assistir a televisão não paga que é ruim ? E não batalham por algo melhor ? Reclamamos o tempo todo porque faz parte do ser humano tal insatisfação. Mas tem coisas que ultrapassam os limites. Eu já vi transito congestionado em países fora do Brasil. Em cidades fora de São Paulo. Mas a cidade de São Paulo está péssima. E muito pior quando existem estes eventos que fecham ruas inteiras, avenidas inteiras, bairros inteiros. Pior pro cidadão, pior para as empresas, pior pra todo mundo. Se a CET recebe mais de 2 bilhões por ano pra por a ordem no transito, acho que está faltando algo mais. Vamos acelerar as coisas, de novo, andar em SP de carro não tem dia nem hora. È sempre ruim. Falaram pra mim andar de bicicleta. Eu comprei uma bicicleta e fui atropelado no Pacaembú. O motorista de um caminhão escroto nem parou. Resultado, joelhos e mãos raladas. Daí, falam de equipamentos. Não bastava o capacete, não bastavam as lanternas, e era dia. Tudo bem. Vamos falar então de motocicleta. Um amigo meu foi atropelado de moto e estava passeando num sábado. Deu PT na moto, ele ficou 1 mês no hospital. Teve perda da memória, teve ombro e costelas quebradas. Como solução, 1 ano afastado do emprego e por indicação do psicólogo, voltou pro estado natal para viver com a família até recuperar a memória que perdeu seja por trauma do acidente seja por conta da batida. E daí ? Daí que viver em SP está ficando uma aventura sem igual. Um risco de vida a cada segundo, a cada esquina que se cruza, a cada ida e vinda ao trabalho. Por isto, doenças psíquicas aumentam. Por isto, sindome do pânico virou assunto corriqueiro. Não se pode viver tanto tempo numa cidade com tamanhos índices de poluição, violência, congestionamentos, super lotações, por tanto tempo. A cidade que um dia foi legal, agora virou cenário de filme de ficção. Nem Madonna por passagem em SP consegue andar segura e com facilidade. Nem Mick Jagger. Nem Bonno Vox. Nem ninguém. E pior que acham isto um cenário maluco e interessante. Estamos igual Bombain. Salman Rushdie esteve no MASP alguns anos atrás promovendo um lançamento de um romance dele. Uma leitora perguntou o que ele achou de São Paulo. Lembro que na época a cidade era governada pela Marta Suplicy (diga-se de passagem, um excelente governo da Marta). Ele falou que era muito parecida com cidades do Oriente. Tal qual Bombain, uma cidade completamente caótica, feia e com transito horrível. Este é o resultado. Mas pagamos um preço alto para estar próximo dos maiores museus da América Latina. Dos maiores conglomerados de salas de cinema e teatros. Dos maiores conglomerados de restaurantes, parques, bares, bibliotecas, cinematecas, tudo que possa fomentar um alto nível de opções para qualquer turista que queira gastar um bom dinheiro e perder um bom tempo. Feliz de quem vive e trabalha no mesmo bairro. Donde possa ir à pé. Como neste país não dá pra fazer planejamento a longo prazo, infelizmente, o que é bom dura pouco. Eu não acho que este evento esportivo que vai por o Brasil na rota do mundo dos esportes olímpicos possa nos dar o poder que fogo que precisamos. Sou pessimista com relação ao Brasil. Sou pessimista com relação ao ensino e a cultura neste país. Mas foi aqui que nasci, minha geração inteira batalhou por algo e é frustrada. A culpa seria dos nossos País, talvez, Avós ? A nação inteira de um país deve responder pelo futuro da mesma. Se queremos mudar, temos primeiramente que olhar para nós mesmos. E começar a mudar a forma de vida e de viver de nossa comunidade. Eu sempre influencio as pessoas, os jovens, a começar pela boa literatura. Mas é difícil. Eles tem uma mente diferente, querem resultados rápidos, não tem paciência. Não sei se a culpa é do ensino atual, dos meios televisivos, das inovações tecnológicas. O fato é que existem gaps enormes de gerações. Ainda existe o trauma das guerras mundiais, dos golpes políticos, ainda vivemos traumas recentes. E ainda convivemos numa cidade em que se cobra 8 reais por um café com leite e um misto quente. Bem vindo à São Paulo e isto é só o começo.

A matéria da Fila Night Run está aqui e foi só um tempero pra que eu colocasse meu dasabafo sobre a cidade e o transito. Aqui --> http://runnersworld.abril.com.br/


sábado, 14 de novembro de 2009

600K --> o desafio do Ano.

Foto1 : Cenário deslumbrante ao fundo

Foto2 : Fast Turtle (César) correndo muito

É isto aí César, mandou ver. Merecidamente, conquistou uma vaga e fez bonito na prova. Todos do Nike+ batalharam e conquistaram boa colocação : 12o. lugar. O que importa é participar e vivenciar uma experiência tão rica como esta. E não tem preço que pague. Valeu valeu e valeu.

Comprei a revista Runner´s World deste mês que completa 1 ano de vida. Parabéns. E trás uma ótima matéria sobre os bastidores da corrida do ano : 600K.

Fotos: http://runnersworld.abril.com.br/

Nike 600K <<< O FILME >>>



Este belíssimo curta-metragem exibe muito bem um resumão do que foi esta prova sensacional e inédita. A famosa 600K, uma verdadeira caixa de surpresas, repleta de desafios para todos os gostos. E recheada de sentimentos, disputas sinceras, sofrimentos, dores e alegrias. Como toda grande prova. Parabéns a Nike por realizar um evento desta magnitude. Eu tentei disputar uma vaguinha pela equipe do Nike+ (comunidade dos corredores amadores que utilizam o chip da Nike). Quem procurar nos posts antigos, verão um pouco de algumas notas que publiquei, inclusive, fotos de uns machucados adquiridos por conta de um tombo na USP. Mas é isto. Não deu neste ano, tentarei no ano que vem. Just Do It. Aliás, esta corrida entrou pra minha lista de objetos desejados, de desafios e sonhos à realizar em 2010. É quase cobiça, mas num nível muito diferente. Correr uma prova desta proporção, conhecendo parte deste País por intermédio da corrida, e em equipe, deve ser algo indescritível. Algo para sentir e deixar o tempo contar. Fiquei feliz por saber que o amigo Cesar (fast-turtle) - um dos corredores da equipe Nike+, ganhou em melhor velocidade na areia. Este cara corre muito. Parabéns Cesar por este prêmio e por ter participado de uma grande prova. Fiquei feliz também pela equipe vencedora, de Belo Horizonte. Os mineiros foram fenomenais. Espero que continuem trilhando neste caminho. Pelo que li do perfil dos atletas no blog nikecorre , estes belohorizontinos são amantes de corridas e desafios. Muito bacana. As fotos disponibilizadas no site flickr também contribuíram para ilustrar o quanto esta corrida foi importante e impecável. E com um cenário deslumbrante, belo, uma verdadeira provocação ao homem e aos seus dilemas. E o esporte comprovando que é possível unir pessoas em objetivos comuns. Belas equipes, ótimos profissionais. Vida longa aos 600K.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Notas de falecimentos.


Eu estou um tanto chocado. Claro, a culpa não foi do meu editor (word, excell, powerpoint, notepad, qualquer coisa do tipo e afins). Semana passada andei com o hiato inflamado. Ainda não sei se é alguma hérnia de hiato, esôfago, coisa e tal. Mas tive uma semana de jejum, cortei café, ficou zero cafeína, coca-cola (nem zero cal rolou), chocolates (aqueles de máquina que tomamos no expediente), comia pouco e ainda sentia dores no peito. Enfim, um antessentir duma história vindoura que me deixaria deveras aborrecido. Fecharam o blog do Gerald. Isto mesmo. O último post "Fecharam o Blog". Pois é, meu diretor teatral favorito, crítico, ensaista, dramaturgo, artista (adoro os desenhos do cara), teve de tirar seu blog do ar de maneira urgente. O motivo ? Provável cancelamento de contrato. Segundo o post, mudanças nas políticas da empresa que subsidiava o recurso no ar. Enfim, acabou o que era bom. Como tudo neste país. Vão-se os anéis, ficam-se os dedos. Agora, resta torcer pro Gerald pintar no café Teatro & Cia da Dr. Villa Nova, tomar uns cafés e quem sabe ter a sorte de encontrá-lo para jogar conversas fora. Quem sabe num boteco da Roosevelt. Não em plena Satirianas (aliás, nem fui. O repertório era tão imenso que desanimei). Alías, encontrar dramaturgos nas Satirianas em épocas passadas era a coisa mais comum. Outro golpe me deixou ainda mais triste. A nota de falecimento de Claude Lévi-Strauss. Triste, muito triste. O mundo está perdendo pessoas importantes, de significados maiores. Espero que saibamos considerar tais perdas. E avaliar o significado e o legado do saber que deixam para nós. O mundo está tão capitalista, tão selvagem, que figuras representativas deste pensar mais social torna-se significativa para manter a balança em equilíbrio. Claude Lévi faleceu com 101 anos de idade, sendo o primeiro membro da Academia Francesa a atingir tal idade. Isto é um fator importante para analisarmos. Uma mente brilhante, vivendo tantos anos, só poderia ser alguém que realmente amava viver, e que queria atingir um grau de compreenção e sabedoria deste mundo para poder continuar produzindo e transformando seu conhecimento em uma inteligência que pudesse alcançar pessoas. Só um amante do mundo, da vida, de sí para avançar tanto. E isto é fenomenal. Neste dia 02 de Novembro, em pleno finados, tantas famílias prestam homenagens aos parentes que se foram. Prestei aos meus entes queridos que foram-se desta para melhor. Ao Claude, e também ao blog do Gerald que acabou. Tantas perdas. Tantas perdas. Tantas perdas. Não me perguntem nada. Porque eu também não tenho respostas. Neste mundo, temos que ter coragem para enfrentar, mesmo o desconhecido. O futuro, aqui, ninguém sabe.